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Blitz em Teresina: mil pessoas são intimadas por participarem de grupos de divulgação

A ação é considerada crime e está prevista no art. 265 do Código Penal

17/03/2023 14:55

No Piauí, cerca de mil pessoas já foram identificadas e intimadas por estarem participando de grupos no whatsapp que divulgam informações sobre os locais onde acontecem blitz da polícia. A ação é considerada crime e está tipificado no art. 265 do Código Penal com pena de 1 a 5 anos. 

De acordo com o Gerente de Operações de Trânsito do Estado, Fernando Aragão, está sendo realizado um trabalho de identificação das pessoas que criam estes grupos e daquelas que participam. “Esses indivíduos serão responsabilizados e as autoridades competentes irão iniciar o processo de indiciamento. Depois disso o inquérito segue para a justiça, onde a pena de cada um será individualizada”, aponta. 

Divulgar localização da blitz é crime de trânsito e está prevista no art. 265 do Código Penal (Foto: Reprodução/Internet)

Nas redes sociais, circulam imagens de grupos onde há a divulgação de quando e onde as blitzen irão ocorrer. No grupo "Blitz e Situações", há mais de 200 participantes. Em uma das mensagens, um individuo informa que no dia 9 de fevereiro iria acontecer blitzen em toda a cidade e que o objetivo era "apreender moto e carro com documento atrasado e pessoas conduzindo veículos sem CNH". A mensagem diz ainda que os "órgãos de segurança queriam arrecadar fundos para o governo". 

(Foto: Reprodução/Redes sociais)

O Gerente de Operações destaca que existe todo um investimento dos recursos públicos para realizar as fiscalizações no Estado e quando alguém divulga os locais onde as blitzen ocorrem, acabam prejudicando o trabalho da polícia. “Nossas blitzen são estruturas e envolvem diversos órgãos de segurança e isso gera um custo. Quando temos uma blitz, quem está errado já tenta fugir, imagina essas pessoas sendo informadas. Dentro desses grupos existem infratores perigosos e isso acaba prejudicando o nosso trabalho e ainda contribuindo com a  criminalidade”, afirma Fernando Aragão. 

Gerente de Operações, Fernando Aragão (Foto: Jailson Soares/ODIA)

De modo geral, o objetivo das blitzen é abordar indivíduos que possam estar foragidos da justiça e até mesmo impedir a fuga de criminosos. “Por meio desse trabalho, a gente consegue tirar de circulação pessoas que estejam com mandado de prisão em aberto, armas, drogas e veículos roubados”, acrescenta.

Para evitar que esse tipo de situação atrapalhe o trabalho da polícia, Fernando Aragão informa que os órgãos de segurança estão trabalhando para desenvolver uma blitz móvel que irá circular por toda a cidade. “Estamos procurando estar a um passo à frente, temos blitz fixas, mas agora queremos inovar com uma blitz móvel”, comenta. 

Fonte: O DIA TV
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