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Juiz nega liberdade a acusado de matar diarista com 2 tiros e 17 facadas

Para o magistrado, o acusado representa um perigo a ordem pública por demonstrar frieza ao premeditar e executar a vítima.

06/06/2018 16:41

O juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Luiz de Moura Correia, negou nesta quarta-feira (06) o pedido de concessão da liberdade provisória a Samuel Lucas Teixeira Araújo, réu confesso no feminicídio da namorada Gisleide Alves dos Santos, ocorrido no conjunto Santa Fé, zona sul de Teresina. O crime aconteceu no dia 17 de maio deste ano.

Segundo o magistrado, o acusado representa um perigo a ordem pública, uma das principais exigências para a decretação da prisão preventiva, por demonstrar frieza ao premeditar e executar a vítima, sem lhe dar oportunidade de defesa. Para ele, as características do assassinato revelam a “personalidade voltada para o crime” do acusado, demonstrando a frieza e a periculosidade ofensivas à ordem pública.

Samuel é acusado de matar a namorada com 2 tiros e 17 facadas. (Foto: Reprodução)

Na decisão, o juiz relata que o feminicídio ocorreu enquanto a vítima dormia em sua casa, onde morava com o réu. Samuel teria adentrado o quarto onde Gisleide dormia, desferindo três disparos contra ela, que foi atingida por dois deles. “Após isso, vítima e acusado entraram em luta corporal, momento em que este desferiu 17 golpes de arma branca em Gisleide Santos, que veio a óbito”, conta.

Outro fator considerado pelo juiz Luiz de Moura Correia para não concessão da liberdade provisória do acusado está na incomum gravidade do feminicídio, crime cometido em razão da condição de gênero, envolvendo violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 

“Dos 84 crimes violentos letais intencionais femininos no Piauí, 50 foram registrados na tipificação feminicídio, isso reflete que mais da metade das mulheres estão sendo assassinadas por relações de poder, de posse, de propriedade, de gênero”, destaca.

O crime

Samuel Lucas Teixeira Araújo é apontado como autor do assassinato da doméstica diarista Gisleide Alves. O casal manteve um relacionamento por cerca de 15 dias e havia se conhecido através de uma rede social há poucos meses.

Gisleide e o acusado mantinham um relacionamento há 15 dias. (Foto: Reprodução/Facebook)

Em depoimento à Polícia Civil, Samuel Lucas alegou que a motivação do crime teria sido porque a namorada estaria supostamente traindo ele, configurando o crime como feminicídio. A vítima foi morta a tiros e facadas, e o corpo foi encontrado pelos filhos dentro da sua residência, no conjunto Santa Fé.

Por: Nathalia Amaral
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