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Jovem com tornozeleira eletrônica diz que não representa perigo

Joel brincava com algumas crianças na praça do bairro.

11/01/2014 11:42

De longe, parecia mais uma criança brincando com outras na praça no bairro, em uma manhã de sábado. O diferencial era apenas uma pulseira no tornozelo, preta, grande, com uma luz verde piscando. De perto, Joel Rodrigues, 22 anos, conta que já foi preso e hoje está em liberdade monitorada através da tornozeleira eletrônica.

Fotos: Jailson Soares/ODIA

A situação foi flagrada pelo PortalODIA no bairro Buenos Aires, em frente ao hospital. Depois de roubar um celular, o jovem passou nove dias na Central de Flagrantes e mais 21 da Casa de Custódia. Foram os piores momentos que ele já viveu. �€œNa Central eu ficava em uma cela apertada, com mais 12 pessoas. Era quente e nem água a gente tinha para beber�€, lembra Joel.

Na Casa de Custódia, as constantes brigas entre os presos e o risco de presenciar mortes violentas, era o que tornava o local ainda pior. �€œ�‰ muito ruim, não queira passar por lá�€, disse o jovem.


Ele foi beneficiado com a liberdade monitorada há 1 mês e 11 dias. Justamente por não querer voltar ao sistema prisional, Joel diz que cuida muito bem do equipamento. �€œOntem tive que ir no TJ porque tava dando problema no sinal. Então, para eles não acharem que eu tinha quebrado, fui logo mostrar�€, conta.

A praça onde Joel brincava de queimar insetos fica perto da sua casa. Os vizinhos que o conhecem questionam sobre a tornozeleira com curiosidade, perguntando se incomoda. Já quem o vê pela primeira vez na rua, costuma temer. �€œQuando vê a pulseira já sabe que fui preso. Mas hoje eu não represento nenhum perigo a ninguém�€, diz Joel.


Entre as regras que o jovem precisa seguir está a de carregar a tornozeleira. �€œ�‰ como um celular. Tem que ligar na tomada e esperar a bateria ficar completa�€, conta ele, rindo da situação. Outro limite imposto pela liberdade monitorada é o de ficar na rua só até às 22h. Mas ele prefere assim. Pior mesmo, é ser obrigado a voltar para o sistema prisional.

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