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Escamoteamento: 8 presos chegam a THE e são transferidos para a Custódia

Eles fazem parte do núcleo empresarial do esquema desbaratado em operação do GAECO. Grupo fraudava licitações em cidades de 3 Estados

07/04/2017 17:15

Oito das 13 pessoas que compõem o núcleo empresarial investigado na Operação Escamoteamento  foram transferidos no final da tarde de hoje (07) para a Casa de Custódia após fazerem exames de corpo de delito no IML de Teresina. Os presos foram trazidos do Estado do Ceará, de onde comandavam o esquema de fraudes em licitações em prefeituras do Piauí, do Maranhão e do próprio Ceará. Os presos foram identificados como Carlos Kenndy, Alisson Bezerra, Dênis Fontenele, Francisco Mendes, Ana Carolina Portela, Fernando Cícero Moreira, Lucas Menezes e Jansen Nunes. Uma nona pessoa, identificada como Valdison Jerônimo, segue foragida.


Fotos: Jailson Soares/O Dia

De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Piauí, inspetor Welendal Tenório, foi conseguido êxito no cumprimento de mais de 40 mandados expedidos pela Justiça. Dos 13 mandados de prisão preventiva, contra o grupo empresarial considerado o núcleo operador do esquema, apenas cinco faltam ser cumpridos. "Nós temos 120 policiais envolvidos, temos o apoio do Grupo de Operações Especiais de Brasília, utilizamos uma aeronave que voou pela primeira vez nessa região para operar numa ação, e trabalhamos com 40 viaturas. É normal que uma operação com uma magnitude dessas chame a atenção e isso, de certa forma, facilita um pouco a fuga de alguns alvos", explica o inspetor.


Foto: Jailson Soares/O Dia

No ato das prisões dos oito envolvidos no esquema, que foram trazidos para Teresina, a PRF apreendeu vários documentos que serão avaliados pelos auditores e poderão ser anexados ao inquérito como provas ou indícios. Foram encontradas também duas pistolas, 11 munições e cerca de R$ 37 mil. Além das oito prisões preventivas, foram efetuadas ainda 22 conduções coercitivas e 23 buscas e apreensões.


Foto: Jailson Soares/O Dia

O esquema

Segundos as informações da PRF, o grupo criminosos atuava da seguinte maneira: concorriam a processos licitatórios com empresas de fachada ou que não tinham nenhuma estrutura adequada para concorrer ao certame. Então usavam laranjas ou terceirizações para receber quantias vultuosas. O GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), estima que o grupo tenha conseguido movimentar cerca de R$ 200 milhões nos municípios onde o cartel atuava.


Foto: Jailson Soares/O Dia

Procedimentos

Após passarem por exames de corpo de delito no IML de Teresina, os presos foram encaminhados para a Casa de Custódia e a Penitenciária Feminina, no caso de Ana Carolina Portela. Eles se encontram à disposição da Justiça. A polícia não descarta a ocorrência de novas prisões relacionadas ao esquema criminoso.

Por: Maria Clara Estrêla
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