Kaíque foi reconhecido pelo delegado Canabrava e por outras duas vítimas de assaltos a residências - o primeiro ocorrido em 3 de novembro de 2014, no bairro Angelim, e o segundo no dia 6 de janeiro de 2015, no bairro Bela Vista II.
Três disparos foram efetuados contra Canabrava, mas apenas um o atingiu - no peito. Os outros dois acertaram o veículo do delegado.
Segundo o delegado Carlos César, que comandou as investigações do caso, Kaíque prestou depoimento na tarde desta quarta-feira e negou a acusação de ter atirado contra Canabrava. "Ele não confessou nada. Está negando tudo. Porém, existem provas e três vítimas já vieram no Greco e o reconheceram. O modus operandi dele era sempre o mesmo. Ele invadia as residências e fazia famílias inteiras reféns para roubar dinheiro e objetos de valor", detalha Carlos César.
Em entrevista a O DIA, na noite desta quarta-feira, Canabrava informou que uma família que foi vítima de Kaíque chegou a ficar mais de uma hora sob a mira de sua arma. "Além de nós termos feito o reconhecimento, a polícia também encontrou um pendrive de uma das vítimas em poder do acusado", informa.
Carlos César acrescenta que outras vítimas que reconhecerem Kaíque devem comparecer ao Greco para fornecer informações sobre os crimes de que foram vítimas.
O crime - A tentativa frustrada de assalto ocorreu por volta das 6h30 da manhã, quando Canabrava saía de sua residência para deixar dois sobrinhos na escola. Além das crianças, a sogra do delegado também estava no veículo no momento da invasão à casa.
Mesmo com a gravidade do ferimento, Canabrava se recuperou rapidamente, recebendo alta um dia após o crime.
À época, o delegado afirmou que não tinha "medo de morrer" e que sempre reagirá a assaltos. Em 2010, Canabrava já havia reagido à abordagem de uma dupla de bandidos que, supostamente, tinham a intenção de assassiná-lo. Na ocasião, o delegado baleou um suspeito e matou o outro.