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Golpista que forja venda de casas já atua há 4 anos e faz novas vítimas

Até o momento, pelo menos 40 vítimas se manifestaram, mas outras pessoas devem aparecer após a divulgação do caso. Prejuízo é de R$ 300 mil.

11/01/2018 11:10

As vítimas de um golpista que forjava venda de casas populares do Minha Casa MInha Vida estão no 6º Distrito Policial para prestar depoimento na manhã desta quinta-feira (11). Para enganar as pessoas, o suspeito, identificado como José Luciano de Castro Pompeu Neto, se apresentava como gerente habitacional da SDU, da Caixa Econômica Federal e também como sobrinho do senador Elmano Férrer (MDB).

Até o momento, pelo menos 40 vítimas se manifestaram, mas outras pessoas devem aparecer após a divulgação do caso. Em maio de 2014, o Portal O DIA denunciou a fraude. Naquela época, ele teria conseguido tirar R$ 6 mil de uma pessoa. Dessa vez, a estimativa é de que o golpista tenha lucrado cerca de R$ 300 mil.

Segundo o advogado Jairo Braz, que está representando um grupo de 30 pessoas, José Luciano apresentava uma falsa carta de sorteio e dizia que poderia acelerar a documentação junto à Caixa Econômica Federal. “O dinheiro que ele pedia era para custear o processo administrativo junto ao banco”, afirma.

Vítima registra Boletim de Ocorrência no 6º Distrito Policial (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

As vítimas começaram a entender que foram enganadas depois de ver reclamações de outras pessoas nas redes sociais. “Antes do Natal ele começou a não responder mais ninguém e bloqueou no whatsapp”, conta o advogado.

A maioria dos contatos eram feitos através do celular da esposa do suspeito, assim como o depósito do dinheiro era para a conta da mulher.

De acordo com o chefe de investigação do 6º DP, Joattan Gonçalves, já havia um inquérito instaurado em Parnaíba relacionado ao mesmo golpe, mas somente agora foram registrados Boletins de Ocorrência em Teresina. “O delegado geral Riedel Batista nomeou, em caráter especial, o delegado Mamede Rodrigues para apurar esse crime de estelionato”, disse Joattan.

A polícia também vai averiguar se as vítimas tinham conhecimento sobre como é o processo para entrar no programa Minha Casa Minha Vida. “Se sabiam que aquele procedimento oferecido pelo golpista não é legal, elas também praticaram crime, mas se achavam que o valor pago era obrigatório para entrar no programa, então elas foram enganadas totalmente”, explica o investigador.

Por enquanto estão sendo ouvidas as vítimas e as testemunhas para, posteriormente, o suspeito ser intimado. 

O Portal O DIA não conseguiu contato do suspeito para ouvir a sua versão.

Por: Nayara Felizardo e Breno Cavalcante (do 6º DP)
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