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Desvios chegam a R$ 3 milhões e um empresário está foragido

O Ministério Público deflagrou a operação Poço Sem Fundo para apurar esquema de fraudes em licitação em três cidades piauienses. Ex-prefeita foi presa.

13/03/2019 08:16

Atualizada às 10h54min

O Ministério Público divulgou o nome de mais dois presos na Operação Poço Sem Fundo. Trata-se do pregoeiro municipal de Brejo do Piauí, Carlos Alberto Figueiredo; e do chefe de gabinete da ex-prefeita, Emídio Pereira da Cruz. Além deles. Um dos alvos de mandado de prisão, um empresário que não teve o nome revelado, encontra-se foragido.

A Força-tarefa formada pelos promotores do Gaeco já contabilizam um prejuízo de R$ 3 milhões aos cofres públicos, causado pelo esquema de desvio de recursos. Além de Brejo do Piauí, Canto do Buriti e Teresina, as investigações também se estendem a outros seis municípios piauienses que teria mantido relações com a construtora alvo da operação.

Iniciada às 08h16min

O Ministério Público do Estado do Piauí deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (13) uma operação contra fraudes em licitações e crimes contra o erário público. A ação, denominada de Poço Sem Fundo, tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa integrada por empresários e agentes políticos. 

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em mandados de prisão temporária em Canto do Buriti, Brejo do Piauí e Teresina. Os alvos das ordens judiciais são empresas e escritórios de contabilidades que atuavam no esquema de desvio de recursos de municípios relacionados à manutenção de poços para fornecimento de água à população.


Foto: Divulgação/Gaeco

Até o momento, seis pessoas já foram presas. De acordo com o Ministério Público, entre elas está a ex-prefeita de Brejo do Piauí, Márcia Aparecida Pereira da Cruz, que foi gestora do município entre 2013 e 2016. Também foram detidos, segundo o MP, Adcarliton Valente Barreto e Valdirene da Silva Pinheiro, empresários e donos da VSP Construtora, por fornecimento de notas frias para o esquema fraudulento.

Mais prisões devem ser efetuadas ao longo da manhã. O Ministério Público ainda não divulgou valores desviados dos cofres públicos, mas os promotores do Gaeco (Grupo de Atenção Especial ao Crime Organizado) encontram-se na região de Canto do Buriti para coletar mais informações e acompanhar o cumprimento dos mandados. As Polícias Civil e Militar estão dando apoio na ação.

Por: Maria Clara Estrêla
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