Réu confesso do assassinato da ex-companheira, o artista de circo Washington Barros Silva, foi libertado na noite desta quarta-feira, dia 07, após julgamento no Tribunal do Júri de Teresina. Venceu a tese de que o tiro que matou KaÃsa Helane, 28 anos, foi acidental.
Preso desde março deste ano, após mais de um ano foragido, Washington teve a pena de 1 a 3 anos de reclusão substituÃda por serviços comunitários. O jovem deixou a sede do tribunal acompanhado por familiares.
A defesa do acusado alegou que Washington e KaÃsa discutiram antes do crime. A confusão aconteceu no interior do automóvel dela, que estava estacionado em um posto de combustÃveis na zona leste de Teresina.
De arma em punho e sentado no banco traseiro, o acusado discutia com a ex-companheira, que estava no assento destinado ao motorista. KaÃsa teria tentado desarmar Washington. Nesse momento a arma disparou, atingindo o tórax da vÃtima, que faleceu no local. Essa foi a linha sustentada pelos advogados de defesa. A prova seria o coldre da arma, abandonado no interior do carro.
Washington afirma ter assassinado KaÃsa por acidente
Já o Ministério Público Estadual (MPE) sustentou a tese de que Washington caminhou até o carro da jovem, efetuou o disparo do lado de fora do veÃculo, fugindo em seguida. Com esse entendimento, o promotor Eliardo Cabral queria a condenação do réu por homicÃdio doloso (quando há a intenção de matar).
Diante da posição contrária do júri - que entendeu que o homicÃdio foi culposo (não houve a intenção de matar) -, o representante do MPE recorreu da sentença.
Válter Leite acompanhou julgamento do acusado de assassinar sua filha
Revolta
Os familiares da vÃtima ficaram revoltados com a decisão do júri. "Não existe Justiça. Você pode matar, que será inocentado", desabafou Válter Leite, pai de KaÃsa.
O empresário acompanhou todo o julgamento. Antes do anúncio do veredicto, demonstrava confiança de que Washington seria condenado. "O que eu posso dizer? Estou decepcionado. Falei para a juÃza que tava querendo justiça e, não, injustiça", relata Válter, que gastou R$ 30 mil em uma investigação paralela que culminou na prisão do acusado.
Em julgamento, palhaço acusado de matar esposa alega traição
publicada às 12h45
Acontece durante todo o dia de hoje (07), no Tribunal Popular do Júri de Teresina, o julgamento de Washington Barros Silva, acusado de matar a jovem KaÃsa Helane Lima de Sousa em novembro de 2010. A jovem foi alvejada por tiros enquanto estava dentro de um carro em um posto de combustÃvel na zona leste da cidade. Após meses de investigação, o pai da vÃtima localizou Washington no estado Alagoas onde ele continuava a trabalhar como palhaço.
Na época do crime KaÃsa Helane tinha 28 anos e cursava enfermagem. A vÃtima foi atingida por um tiro no tórax, acabou não resistindo, e morreu na hora. Washington fugiu do local logo após efetuar o disparo. KaÃsa deixou uma filha que hoje tem 7 anos de idade. Os dois estariam terminando o relacionamento que durou cerca de nove anos.
Fotos: Assis Fernandes e Rômulo Maia
Durante um ano e quatro meses, o palhaço Washington Barros esteve foragido. Neste perÃodo o pai de KaÃsa, Valter Leite iniciou por conta própria uma investigação na tentativa de localizar o acusado. Segundo informou o tio da vÃtima, Luis Sousa, que acompanhava o julgamento, foram gastos pela famÃlia cerca de 30 mil reais até que Washington fosse encontrado em março deste ano na cidade de Arapiraca. Desde então, ele ficou a disposição da justiça aguardando pelo julgamento de hoje.
Para os familiares de KaÃsa, o que teria motivado o crime seria uma crise no relacionamento do casal. Luis Sousa acredita que Washington não aceitou a separação e cometeu o assassinado. Ainda de acordo com o tio da vÃtima, KaÃsa já teria sido agredida anteriormente e teria recebido ameaças do acusado.
Durante o julgamento, as testemunhas de defesa e os familiares do acusado apresentaram a versão de que KaÃsa havia cometido um adultério e que esta seria a principal motivação do crime. Os testemunhos revelaram ainda a vontade de Washington se entregar durante o perÃodo que esteve foragido. A juÃza Zilnar Costa está à frente do julgamento.
Por: Yuri Ribeiro e Rômulo Maia