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Eleições 2020: Lucineide Barros quer gestão voltada para a população mais pobre

De acordo com a candidata, a sua gestão deverá ter como foco principal políticas públicas voltadas para a população em vulnerabilidade econômica e social.

14/10/2020 15:33

Em entrevista à O Dia TV, canal 23.1, nesta quarta-feira (14), a candidata do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) à Prefeitura de Teresina, Lucineide Barros, deu detalhes sobre o seu plano de governo. De acordo com a candidata, a sua gestão deverá ter como foco políticas públicas voltadas para a população em vulnerabilidade econômica e social.

Segundo ela, como gestora municipal, as pautas da saúde, educação, economia, dentre outras, devem ter como prioridade a população empobrecida, que é geralmente excluída das políticas públicas municipais.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

 “É necessário, na política econômica do município, prestar atenção nesse momento que nós estamos vivendo, alavancar ações que ampliem as condições de emprego, de salário e de assistência social e, para isso, vai ser necessário inverter as prioridades, é necessário pegar o orçamento público e dirigir para os setores e as pessoas que mais precisam”, destaca.

Por ser de um partido de esquerda, a psolista destaca ainda que a perseguição sofrida por esses partidos se dá pelo fato da esquerda ser combativa, no sentido de combater uma política que “ao longo do tempo se apresenta para os setores populares como uma política de exclusão, uma política de morte, que temos dito que é uma política genocida”.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Segundo ela, essa política estaria promovendo um ataque à vida da população, uma vez que, retira o alimento, desfavorece o emprego e tira as condições de saúde das pessoas. “Nos resta continuar construindo uma política pela esquerda e construir uma política pela esquerda é defender o emprego, a renda, a igualdade, é defender que os recursos que vêm pelo trabalho da maior parte das pessoas, não fique concentrado na mão de apenas algumas”, frisa.

Fazendo um panorama da economia municipal, a candidata chama atenção para o fato de que o patrimônio das 10 pessoas mais ricas de Teresina é proporcional a cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do município, sendo um exemplo claro da desigualdade social que ainda existe na capital piauiense.

“É necessário inverter essa lógica, nós defendemos uma economia que seja uma economia da suficiência, não estamos defendendo pobreza para as pessoas, estamos defendendo é o que cada pessoa possa ter conforme as suas necessidades e isso seja alavancado a partir de condições de trabalho digno”, enfatiza.

Sobre as suas propostas para a área da educação, Lucineide Barros afirma que, apesar de reconhecer o resultado positivo de Teresina no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), somente esse índice não deve servir de exemplo para a realidade do sistema de ensino público municipal.

“Os professoras e professores da rede municipal estão em greve e essa greve fala de dificuldades em relação a receber o salário que está previsto para receber na Lei do Piso, fala de péssimas condições de trabalho, inclusive de autoritarismo dos gestores, fala da dificuldade de acessar as progressões e as promoções, pra poder se aposentar ao final da carreira”, destaca.

Para ela, também deve ser avaliado se as escolas públicas municipais possuem bibliotecas e laboratórios equipados, quadras esportivas cobertas, além de um conjunto de questões, como a possibilidade da escola se relacionar cada vez mais com a sua comunidade, com as famílias das crianças, e de servir como instrumento para a emancipação social.

“Quantas pessoas a gente tem visto que passam pela educação pública municipal e se tornam por exemplo profissionais destacados na sua carreira? Nós temos mais de 30 anos de gestão da administração municipal, e que já teria inclusive condições de mostrar resultados diferentes”, alerta.

Na entrevista, a candidata apresentou ainda suas propostas para a redução dos alagamentos no período de chuvas e cuidados com o meio ambiente. Além de destacar as condições de desigualdade das campanhas políticas, uma vez que seu partido possui apenas 17 segundos do horário reservado para propaganda política, enquanto o partido da situação teria o maior tempo dentre todos os candidatos para apresentarem suas propostas.

Por: Nathalia Amaral
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