Em entrevista exclusiva ao O Dia News 1º Edição, na tarde desta terça-feira (11), o novo delegado-geral Lucy Keiko falou sobre os desafios e as demandas do novo cargo à frente da Delegacia Geral. Entre os assuntos, o delegado-geral falou sobre a falta de contingente no interior do estado, a criação de uma nova Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública e a possibilidade de greve em 2019.

Com 18 anos de Polícia Civil, o delegado afirma que o bom relacionamento com delegados, escrivães, agentes e peritos irá ajudar no desempenho da nova missão na Delegacia Geral. “Temos um quadro de recursos humanos muito bom. Nosso maior patrimônio são os delegados, agentes... esses policiais que nos ajudam. A nossa confiança é porque não sozinhos nessa batalha”, destaca.

^{Delegado-geral fala sobre demandas e desafios do novo cargo. (Foto: Elias Fontenele/O Dia)}

Uma das principais demandas na nova gestão é a alocação de policiais nas delegacias do interior do estado, ocasionado pela remoção de agentes do interior para a capital. Segundo o delegado, o problema acontece por causa da aposentadoria de muitos policiais que integram o quadro da Polícia Civil. “Nós últimos anos nós perdemos muita gente com as aposentadorias e alguns policiais foram removidos do interior para a capital, por extrema necessidade. Existe um concurso em andamento prestes a ser finalizado, e os policiais vão pra academia de polícia e estarão aptos a nomeação”, destaca.

Para ele, um contingente de 100 novos policiais ajudaria na recomposição do quadro da Polícia Civil e dariam “um fôlego” para o desempenho de investigações criminais no Piauí, contanto que os novos policiais sejam utilizados em locais em que exerçam a atividade-fim. “Por exemplo, os plantões de delegacia desestimulam os policiais a exercer a atividade-fim. É diferente daquele policial que está trabalhando todo dia em uma investigação, temos que acabar com o que não é eficiente”, comenta.

^{Delegado-geral fala sobre demandas e desafios do novo cargo. (Foto: Elias Fontenele/O Dia)}

Sobre a implantação de uma Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública, o delegado-geral afirmou que a sugestão é que a atual Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), que atualmente funciona no prédio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), ganhe uma nova instalação.

Já em relação à possibilidade de uma nova greve dos policiais civis em 2019, o delegado-geral disse desacreditar que um novo movimento paredista seja deflagrado. “Eu não acredito muito em greve agora. Da nossa parte, estamos abertos ao diálogo, temos uma relação muito boa com ambos os sindicatos e a nossa intenção é fazer a polícia evoluir, tratar das pautas comuns que interessam à administração pública e ao sindicato”, finalizou.

Por: Nathalia Amaral, com informações do O Dia News 1ª Edição.