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Criança é velada em caixa de papelão e polícia investiga infanticídio

Caso aconteceu em Cocal. Os policiais tiveram que interromper o velório para saber se o bebê teria nascido morto ou se a mãe o teria matado assim que deu à luz.

07/11/2018 14:52

A Polícia Civil de Cocal, a 289 Km de Teresina, está investigando a morte de um recém-nascido que estava sendo velado por familiares dentro de uma caixa de papelão. O caso aconteceu nesta terça-feira (06) e a polícia precisou interromper o velório para poder periciar o corpo e apontar a causa mortis. Duas linhas de investigação estão sendo adotadas: ou a criança nasceu morta ou ela foi assassinada pela própria mãe após seu nascimento.

Se for confirmada segunda hipótese, a mãe da criança poderá ser indiciada por crime infanticídio. A informação foi repassada pelo chefe de investigação da Delegacia Regional de Cocal, Valter Brune. De acordo com ele, a mãe do bebê é uma adolescente de 18 anos e teria escondido a gravidez dos familiares até o nascimento da criança.


O corpo do bebê estava sendo velado dentro de uma caixa de papelão pelos familiares quando a polícia chegou (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

“Conhecidos dela e da família nos informaram que ela rejeitava a criança e que negava a gravidez a todo custo. Quando foi na madrugada da terça, ela entrou em trabalho de parto e, após dar à luz, ela teria colocado o corpo da criança em uma mochila, mas como estava debilitada e não conseguiu ocultar o cadáver, ela entregou para os familiares revelando que a criança era dela. Sem saber o que fazer, os parentes dela resolveram realizar a cerimônia e velaram o corpo do bebê dentro da caixa de papelão”, relata o investigador.

O corpo da criança se encontra recolhido ao IML de Parnaíba, onde passa por perícia para apontar a causa mortis. A previsão é que o laudo apontando se o bebê nasceu morto ou se foi assassinado deverá sair em 15 dias.

A mãe, que não teve a identidade revelada pela polícia, encontra-se internada no Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, após um quadro de hemorragia interna. Ela ainda não chegou a falar diretamente com a polícia, mas a titular da Delegacia de Cocal, delegada Daniela Dinali, já solicitou uma avaliação psiquiátrica da jovem.

Por: Maria Clara Estrêla
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