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Correia Lima e mais dois são julgados pela morte de engenheiro em 1999

Professora universitária é acusada de ter encomendado a morte do marido por intermédio do ex-coronel. Crime teria sido executado por policial militar.

24/09/2015 20:19

Foi retomado nesta quinta-feira (24), no Tribunal do Júri, o julgamento do ex-coronel José Viriato Correia Lima, da professora Ana Zélia Correia Lima Castelo Branco e do policial militar da reserva Francisco Moreira do Nascimento, acusados da morte do engenheiro José Ferreira Castelo Branco, conhecido como Castelinho, em 1999.

A vítima foi morta quando fazia caminhada numa rua do bairro Horto Florestal, na zona leste de Teresina. Segundo a acusação, Ana Zélia teria encomendado o crime por intermédio do ex-coronel, e o policial Francisco Moreira é apontado como o executor.

Os três réus: Francisco Moreira do Nascimento, José Viriato Correia Lima e Ana Zélia Correia Lima Castelo Branco durante julgamento nesta quinta-feira (Fotos: Jailson Soares / O DIA)

A viúva teria planejado a morte do próprio marido, supostamente, porque ele pretendia pedir o divórcio. Além disso, a Polícia considera a hipótese de que o crime também teria sido motivado por um seguro de vida que o engenheiro teria feito no nome da esposa.

Durante sua explanação, o promotor de justiça Régis Marinho pediu que os integrantes do júri popular dessem a pena máxima para os réus, ressaltando que a vítima não teve direito de defesa e foi morta por um motivo torpe. "Esse processo de 12 volumes é um poço sem fundo de maldade", afirmou Marinho.

Em sua defesa, o PM Francisco Moreira alegou que sequer tinha conhecimento da rotina do engenheiro José Ferreira Castelo, e, portanto, não tinha como saber que ele fazia caminhada na rua onde o crime ocorreu, todas as manhãs.

O promotor de Justiça rebateu os argumentos ressaltando que esta informação poderia ser facilmente fornecida pela professora Ana Zélia, apontada como uma das autoras intelectuais do homicídio.

Ao ser instado a falar, o ex-coronel Correia Lima leu um trecho da Bíblia e, em seguida, declarou não ter qualquer envolvimento com o crime. 

A professora, por sua vez, disse estar sendo injustiçada há 16 anos e afirmou que seria capaz de matar qualquer pessoa, muito menos seu companheiro.

Iniciado às 9 horas da manhã desta quinta-feira, o julgamento tem previsão de ser encerrado apenas na madrugada desta sexta-feira.

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