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PM procura policial que efetuou disparos contra cantor em panificadora

Como não estava em horário de serviço no momento da confusão, nem teria usado arma da corporação, o policial militar não deve responder por abuso de poder.

17/05/2018 15:35

O tenente-coronel Adriano Lucena, comandante de Policiamento Metropolitano, afirmou à reportagem do portal O DIA que a Polícia Militar ainda não recebeu nenhuma denúncia por escrito relacionada á confusão numa panificadora envolvendo o cantor Saulo Dugado e um policial militar da corporação.

Lucena esteve no local da ocorrência minutos após a briga entre o cantor e o PM, mas ambos já tinham deixado o estabelecimento.

Como não estava em horário de serviço no momento da confusão, nem teria usado arma da corporação, o policial militar não deve responder por abuso de poder, mesmo que se comprove que não houve legítima defesa.


"Pelo nosso entendimento, é um crime de natureza comum, para ser apurado através de inquérito policial civil. Mas a conduta, o comportamento do policial militar será apurado pela Corregedoria. Por parte da Polícia Militar, as providências serão tomadas no tocante à apuração, porque há o envolvimento de um policial militar, e isso, de ofício, é feito. Agora, eu não posso dizer como é que vai ser feito com relação à lesão corporal, ou mesmo como será tipificado o ato pela Polícia Civil, quando o registro da ocorrência for feito. A Polícia Militar já está tomando as providências que ela entende que competem a ela, que é a apuração, a busca do policial e a confirmação da identidade dele", afirma o coronel Lucena.

Até por volta do meio-dia, a Polícia Militar afirmava que o policial envolvido na confusão estava em "local incerto e não sabido".

O tenente-coronel Lucena ressalta que há mais informações a serem apuradas pela Polícia Civil. "Tem mais informações do que aquelas colocadas no vídeo [que circulou nas aplicativos]. Existem fatos anteriores que levaram àquele desfecho", concluiu o oficial.

Pessoas que testemunharam a confusão relataram que o cantor estava bastante alterado, chegou a chamar a panificadora de "cabaré" e agrediu verbalmente diversos clientes e funcionários.

Uma das clientes que estavam na panificadora desde antes de a confusão começar afirma que o cantor Saulo reclamou do atendimento no local, e foi extremamente grosseiro com uma funcionária, mesmo após ela dizer que ia atendê-lo e pedir que se acalmasse.

"Ele chegou agredindo as pessoas já, falando alto. Aí a moça foi atendê-lo, e ele começou a esculhambar a moça. Gritando com a moça e falando palavras feias, que eu não vou nem dizer que palavras são", detalha a testemunha.

Por: Cícero Portela
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