O corpo de uma mulher de pouco mais de 50 anos foi encontrando na manhã desta quinta-feira (18) na sua residência, localizada na Avenida Pedro Freitas, bairro São Pedro, zona sul de Teresina. Segundo a Polícia Civil, o cadáver estava em avançado estado de putrefação.

A Polícia Militar foi acionada por volta das 9 horas pelo filho da vítima, que teria deixado o sistema prisional há poucos dias. "Ele foi até a casa de uma vizinha e disse que havia encontrado a mãe morta. Em seguida, os dois foram até um posto da PM próximo ao local", detalha Hilton Barbosa, investigador do 3º Distrito Policial.

De acordo com a Polícia Civil, ainda não se pode afirmar se a mulher foi assassinada ou teve morte natural, o que será determinado pela autópsia realizada no Instituto Médico Legal (IML).

"A princípio, a Perícia Criminal não identificou nenhuma lesão aparente na mulher, mas o corpo foi levado ao IML para que os legistas possam identificar a causa da morte", afirma Hilton Barbosa.

Por outro lado, o investigador acrescenta que o filho da mulher deu versões contraditórias. "Ele disse para a Polícia que saiu dia 16 do presídio, mas para um amigo ele já teria dito que fez uma viagem no sábado, dia 13, ou seja, antes da data que ele afirmou ter saído do presídio", detalha o policial civil.

Além disso, vizinhos teriam visto o filho da mulher encontrada morta retirando uma geladeira e outros móveis da residência já nesta quarta-feira (17), data em que ela possivelmente já estava morta, dado o avançado estado de putrefação do corpo. 

Outro fato intrigante é que a mulher foi encontrada sem roupa e a casa estava completamente bagunçada.

"Segundo os vizinhos, ele foi até a casa com outras pessoas, retirou alguns móveis e teria dito que ia vendê-los a pedido da mãe, que iria fazer uma viagem. Mas uma vizinha da mulher disse à Polícia que ela não havia comentado nada sobre viagem, nem que tinha a intenção de vender os móveis de sua residência. Então, a versão dada por ele está meio estranha. Tem vários pontos que não estão batendo [...] Ele foi conduzido para a Delegacia de Homicídios, para prestar depoimento, mas ainda não podemos acusá-lo pelo crime", acrescenta Hilton Barbosa.

Por: Cícero Portela