Um caso emblemático, e também inédito, no TRE-PI nesse processo de pedidos de registros de candidatura foi com relação a um erro da Coligação “Resistência pelo Piauí”. A aliança apresentou os nomes dos aprovados em convenção para participarem do pleito, mas na lista constava Vanice Macedo Nunes, que não sabia da relação e que não tem interesse em ser candidata.

Ao ser intimada para prestar esclarecimentos sobre falhas no seu pedido de registro, Vanice Macêdo informou que desconhecia a solicitação de candidatura. Além disto, ela apontou outro erro. No documento constava que ela era filiada ao PHS, no entanto, Vanice Macêdo afirmou faz parte das fileiras do PSD, que nem faz parte dos partidos integrantes da coligação.

Por fim, Vanice Macêdo requereu averiguação da possibilidade de ocorrência de fraude e que fosse indeferido o falso registro de candidatura. O processo foi extinto e indeferido pela corte eleitoral, desobrigando-a de prestar contas com a Justiça. Isso porque qualquer pessoa que tenha o pedido de candidatura negado é obrigado, mesmo assim, a apresentar prestações de contas até o final do processo eleitoral.

A Coligação “Resistência pelo Piauí” precisou comparecer à Justiça para dar explicações. “A coligação foi intimada para apresentar o Formulário de Registro de Candidatura assinado pela candidata, em razão das inconsistências, em especial quanto à existência de fotografias idênticas para duas candidatas”, diz o processo disponibilizado pelo TRE-PI.

Em resposta, a coligação reconheceu o erro e pediu a anulação do requerimento do registro de candidatura de Vanice Macêdo, assim como a retirada do nome dela do rol de candidatas do partido. Em substituição, a coligação indicou Anderkelly Vieira para disputar a vaga na Alepi. Todos os processos são públicos e estão disponíveis no site do Tribunal.

Por: Ithyara Borges - Jornal O Dia