A Polícia descartou que a causa da morte da cadela Lua, da protetora de animais e vereadora de Teresina, Thanandra Sarapatinhas (Patriota), tenha sido pelo mesmo veneno encontrado na residência da idosa apontada como suspeita de biocídio. O Inquérito nº 4691/2020 foi concluído pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente após apresentação do laudo toxicológico.

Leia também: Teresina: protetora denuncia mais um caso de envenenamento de cães 

Segundo o Instituto de Criminalística do Piauí, em parceria com o Instituto de Criminalística do Maranhão, que fez o laudo toxicológico na cadela Lua, não detectou substância tóxica (veneno) no animal, nem nenhum envenenamento por carbaril, o que descarta que a substância encontrada na casa da suposta acusada em nada teria relação com a causa da morte do animal.

^{(Foto: Arquivo/ODIA)}

De acordo com os autos do inquérito, também foi juntado laudo toxicológico particular, realizado pela tutora do animal. Ambos os laudos corroboraram para comprovação que a cadela não foi intoxicada por nenhum pesticida, apenas foi detectado elemento químico o metal chumbo.  

Thanandra Sarapatinhas afirmava, em boletim de ocorrência, que uma vizinha havia envenenado seus cães, tendo ocorrido óbito da cadela chamada Lua. De acordo com a Delegada Edenilza Viana, imediatamente, à denúncia de suposto envenenamento, o animal foi periciado no Centro de Zoonoses, sendo feito necropsia, onde houve sugestão de intoxicação exógena, apontando necessidade de exame toxicológico.

Também foram realizadas buscas na casa da suposta acusada, no qual foram apreendidos frascos, que foram analisados para saber se eram de fato veneno e se havia correlação com a morte da cadela. Após periciados, os fracos apontaram que havia presença de material pó conhecido como carbaril.

Leia também: Maus-tratos: polícia conclui que filhotes de cachorro morreram por excesso de calor 

“De acordo com o material coletado e analisado, não havia no organismo do animal intoxicação por carbaril ou outro pesticida”, Explica o Diretor de Polícia Técnico Científica, Dr. Nunes Nunes.

“Nós concluímos o inquérito sem indiciar a suposta autora, porque segundo as investigações, não foi provada a participação daquela na morte do animal, nem foi achado no corpo da cadela o veneno carbaril. A suposta intoxicação por chumbo, apontada em laudo particular, não tem nenhuma relação com o veneno carbaril, nem com o veneno popularmente conhecido como chumbinho: Carbaril e o veneno conhecido como chumbinho não tem o metal chumbo em suas composições”, explica a Delegada.

O PortalODIA.com tentou contato com a vereadora Thanandra Sarapatinhas para comentar o caso, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para eventuais esclarecimentos.

Por: Isabela Lopes