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Beth Cuscuz volta a anunciar festas com modelos nacionais

Lacrada durante operação, boate volta a funcionar com grandes eventos

10/04/2013 19:56

Pouco a pouco, a boate Beth Cuscuz volta a funcionar com seus eventos tradicionais. São festas repletas de modelos que já estamparam capas de revistas nacionais, bebidas e homens dispostos a gastar dinheiro.

Para esta quarta-feira, dia 10, estão previstos shows com quatro modelos. Como num cardápio, as fotos das mulheres de lingerie são dispostas lado a lado, com seus nomes e o da publicação para a qual já posaram sem roupa.

A Bandida Funkeira é "modelo da revista Sexy", assim como Gisely Alves. Já Priscila Melo e Talita Sabatinny são anunciadas como "coelhinhas da Playboy".

A panfleto da festa anuncia sem rodeios. "Shows com as modelos das revistas Sexy, Playboy, a nível nacional!", diz o texto da capa, seguido por um "Imperdível - Hoje" grafado em letras graúdas.

A boate localizada no bairro Cristo Rei, zona sul de Teresina, foi interditada durante a operação Aspásia, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí em agosto de 2012. A empresária Elizabeth Lourdes Ferreira de Oliveira (conhecida como Beth Cuscuz) e sua sócia, Keila Marina de Sousa Jacob (a Cláudia Pires), foram presas na ocasião.

Beth, Cláudia e outras 12 pessoas respondem na Justiça por formação de quadrilha, induzir mulheres à prostituição, manter estabelecimentos onde ocorre exploração sexual, tirar proveito financeiro da prostituição e por tráfico interno de pessoas.

Após um período de portas fechadas, a boate Beth Cuscuz retomou discretamente suas atividades. Entretanto, pouco a pouco, as festas voltam a ser anunciadas com espalhafato, a exemplo da marcada para esta quarta-feira.



Autora das denúncias contra os envolvidos na operação Aspásia, a promotora Vera Lúcia Santos diz que o estabelecimento está suscetível a novas fiscalizações. A exploração sexual das mulheres ou o envolvimento de menores são dois fatos a serem averiguados.

"A partir do que a mídia publicar, por exemplo, podemos investigar", explica a representante do Ministério Público.

A investigação policial que culminou na operação Aspásia foi iniciada a partir de uma reportagem do jornal O DIA, onde as atividades de uma rede de prostituição que atuava no Piauí foram reveladas.

A reportagem não conseguiu contato com a boate Beth Cuscuz. Ninguém atendeu as ligações feitas para o número de telefone impresso no panfleto da festa.

Por: Rômulo Maia
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