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Agente penitenciário é flagrado com dinheiro pago por detentos

Um dos alvos da operação, que seria apenas conduzido coercitivamente para prestar depoimentos, foi flagrado com dinheiro da entrega de celular

29/06/2017 07:23

Os três agentes penitenciários, alvos da operação encabeçada pelo GRECO, foram presos. Inicialmente, havia apenas dois mandados de prisão e um terceiro de condução coercitiva. Entretanto, segundo o delegado Laércio Evangelista, que coordena a operação, o agente que deveria ser apenas conduzido, foi preso em flagrante. “Ele estava portando o dinheiro que foi pago pelos detentos para a entrega do celular dentro do presídio”, afirma o delegado. O agente teria entrado ainda ontem (28) na penitenciária Mista de Parnaíba com um telefone celular, que foi entregue a um dos presos.

O procedimento então foi alterado, e ele se juntou aos outros dois agentes penitenciários presos por suspeita de facilitar a entrada de celulares e drogas dentro da Penitenciária Mista de Parnaíba.

Os presos são: Marcelo Oliveira da Costa e Francisco José dos Santos, conhecido como "Professor". Além deles, José Maria Vieira Sobrinho, vulgo Dedé, que originalmente seria conduzido coercitivamente.


Policiais civis registram apreensões feitas ainda na manhã de hoje (29) (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)

Atualizada às 10h59

Uma operação da Polícia Civil deflagrada hoje investiga agentes penitenciários que estariam facilitando a entrada de telefones celulares na Penitenciária Mista de Parnaíba. Batizada de Operação Penitentes, é coordenada pelo GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado).

Os policiais buscam cumprir dois mandados de prisão, três de busca e apreensão e uma condução coercitiva. Os agentes seriam ainda suspeitos de facilitar a entrada de drogas na unidade prisional. Eles podem ser acusados de crimes de corrupção ativa e passiva.

Vilobaldo Carvalho, diretor do Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí), disse que os dois agentes penitenciários alvos da Operação Penitentes não são filiados ao sindicato. “Qualquer um que coloque droga dentro de um presídio pode colocar uma arma, e assim colocar a vida de todos seus companheiros de trabalho em risco. Por isso não podemos compactuar nem aceitar esse tipo de comportamento onde quem quer que seja”, afirma o sindicalista.

Segundo ele, mesmo que fossem filiados, o estatuto do sindicato veta assistência jurídica a acusados de tráfico de drogas. “Nosso posicionamento é bastante claro. Que as investigações procedam com o maior rigor possível. Sendo provado, que sejam punidos exemplarmente”, disse Vilobaldo.

Mais operações

Também em Parnaíba, o GRECO deflagrou outra operação, desta vez contra o tráfico de drogas. A intenção é combater o tráfico visando o período de férias, quando a procura dos usuários seria maior. A operação, coordenada pela Delegacia Regional de Parnaíba, cumpre 13 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidas porções de maconha, crack e cocaína, além de uma balança de precisão e dinheiro. 

Quatro pessoas foram presas, e um menor foi apreendido (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
O delegado Eduardo Aquino, titular da recém-inaugurada Delegacia de Entorpecentes de Parnaíba, afirma que quatro pessoas já foram presas e um adolescente foi apreendido. De acordo com o delegado, o menor era um dos principais alvos da operação. “É contumaz na venda de entorpecentes, e é fugitivo do CEM (Centro Educacional Masculino) de Parnaíba”, disse o delegado.

O Secretário de Segurança Fábio Abreu está em Parnaíba para dar apoio às operações. Segundo ele, o combate ao tráfico de entorpecentes visa reduzir também o número de homicídios. "É uma característica daqui: a maioria dos homicídios estão ligados ao tráfico de drogas", comentou o secretário. Segundo ele, dos 11 homicídios que estavam sendo investigados pelas delegacias do litoral, oito já foram solucionados. 

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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