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Agentes fazem vistoria no presídio de Floriano e encontram armas brancas

Fugas e rebeliões fizeram o Sinpoljuspi iniciar uma varredura pelos presídios do interior do Estado.

20/01/2016 13:53

Durante vistoria na Penitenciária Vereda Grande, em Floriano, os agentes penitenciários encontraram vários objetos usados como arma branca pelos detentos. As facas e pedaços de vergalhão foram recolhidos e os presos tiveram que ser aglomerados no pátio para contagem e revista das celas. A ação faz parte de uma série de vistorias que o Sindicatos dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) vai fazer para evitar motins, fugas e até rebeliões nos presídios do interior do Estado.

A primeira vistoria foi feita ontem (19) na Penitenciária de Esperantina, após ser registrada a fuga de um detento da sala de triagem. Luiz Gustavo Reis cavou buracos na parede com vergalhões arrancados de uma cela. No mesmo dia, uma pessoa foi presa após arremessar um celular para dentro da Penitenciária Irmão Guido , em Teresina.

De acordo com o vice-presidente do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda, a situação dos presídios do interior não é muito diferente do que se observa nos da Capital. No caso da Penitenciária Vereda Grande, a capacidade máxima é de 157 detentos, mas a unidade abriga 275 atualmente.

“O que agrava ainda mais a situação é que há presos de Teresina que são transferidos para o interior por conta da superlotação que já se registra aqui. E o policiamento nessas unidades mais distantes da Capital é menor”, afirma Kleiton Holanda.

Sobre os objetos arremessados para dentro dos presídios, o Sinpoljuspi diz que no interior a situação é ainda mais grave que em Teresina, porque os presídios ficam localizados em áreas mais afastadas das cidades, geralmente cercados por matagais que facilitam às pessoas se esconderem dos policiais nas guaritas.

As vistorias nos presídios do interior vão continuar nos próximos dias e o Sinpoljuspi espera, com isso, que haja uma redução no número de fugas e de motins. “Nós temos que tirar todo e qualquer armamento das mãos dos detentos, porque o risco é grande tanto para eles quanto para quem trabalha nas unidades”, finaliza o vice-presidente do Sindicato.

Por: Maria Clara Estrêla
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