Uma adolescente de 17 anos deu entrada por volta das 13
horas de ontem (21) no Hospital Maternidade do Satélite, zona Leste de
Teresina, para a realização de uma curetagem, conhecida como raspagem de útero.
A menina havia sofrido as dores do parto naquela manhã e é suspeita de ter
assassinado o filho recém-nascido.
Segundo o conselheiro tutelar Djan Moreira, a adolescente chegou ao hospital alegando que estava com pouco mais de um mês de gravidez e havia sofrido um aborto espontâneo. Porém, pouco tempo depois, a garota confessou que estava com 38 semanas de gestação e sofreu as dores do parto naquela manhã, mas seu filho havia nascido morto e o corpo estava dentro de uma sacola em seu guarda-roupa.
“Os médicos estranharam a história da garota por causa de sua placenta. Estava claro que ela não estava apenas com quatro semanas, assim como foi dito de início. Então, a garota, enfim, resolveu contar que estava com quase nove meses e que o recém-nascido estava morto em sua casa”, explica o conselheiro Djan.
O bebê foi encontrado morto envolto de uma toalha dentro de uma sacola plástica, era do sexo feminino e pesava pouco mais de 3 kg. O corpo foi encaminhado para o IML de Teresina, onde passou por uma série de exames, que poderão diagnosticar se a morte foi natural ou forçada.
“Sabemos que ele já estava no tempo de nascer, mas a menina não procurou ajuda, teve um parto domiciliar e, ainda, resolveu esconder essa história dos médicos. Por isso, a desconfiança é de que ela pode ter matado o filho depois do nascimento, mas isso só o laudo cadavérico poderá responder”, detalha o conselheiro Djan. A delegacia de Segurança e Proteção ao Menor Infrator está acompanhando o caso e, se as suspeitas se confirmarem, a adolescente poderá pegar até três anos de reclusão no Centro Educacional de Internação Provisória (Ceip).
Edição: Nayara Felizardo