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Achadas partes de ossos em comunidade onde Matheusa sumiu

Material ainda passará por análise de peritos para saber se restos mortais pertencem à estudante. Agentes realizaram operação no Morro do Dezoito na manhã desta segunda (14).

14/05/2018 14:56

Policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) que realizam operação no Morro do Dezoito na manhã desta segunda-feira (14) encontraram fragmentos de ossos nos locais identificados pelos agentes como os usados para queimar corpos de inimigos dos criminosos da região. Policiais trabalham para descobrir se algum deles pertencia à estudante Matheusa Passarelli. A informação é do comentarista de segurança pública do RJ1, Fernando Velloso.

Os investigadores tentam confirmar a versão de que Matheusa foi executada e queimada dentro da comunidade. Há alguns dias, policiais fizeram um sobrevoo da área e identificaram os potenciais locais usados para a queima de corpos.

Os agentes encontraram fragmentos ósseos, que no momento não sabem dizer se são humanos ou de animais. Um antropólogo forense esteve no local e fará exames complementares no Instituto Médico-Legal (IML) para saber se algum deles pertence à Matheusa.

Messias Gomes Teixeira, conhecido como Feio, apontado pela Polícia Civil como chefe do tráfico de drogas na região, será indiciado pela morte da estudante da Uerj.

Messias Gomes Teixeira, conhecido como Feio, é apontado como chefe do tráfico de drogas no Morro do Dezoito. (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Policial baleado

A ação conta com agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e com um helicóptero blindado da Polícia Civil. A jovem estava desaparecida desde 29 de abril. Um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foi baleado na perna e socorrido para o Hospital Miguel Couto, na Gávea.

De acordo com as investigações, Matheusa foi morta por integrantes de uma facção criminosa ao entrar no Morro do Dezoito. A jovem tinha acabado de sair de uma festa, estava desnorteada e tirou as roupas.

Matheusa teria sido capturada por criminosos e não soube explicar por que estaria naquela situação. Os criminosos submeteram a estudante a um julgamento e a executaram.

De acordo com informações obtidas pelo G1 e confirmadas a familiares de Matheus, os policiais consideram que há "fortes indícios" de que o corpo da estudante tenha sido queimado. O motivo do crime ainda é investigado.

No dia 6 de maio, a irmã dela escreveu um desabafo em uma rede social sobre a morte da estudante de artes visuais. No texto, ele diz que Matheusa, como a chamava, foi "executada".

A estudante Matheus Passareli Simões Vieira, conhecida como Matheusa, assassinada em favela do Rio de Janeiro (Facebook/Reprodução)

"A angústia se transformou no trabalho compartilhado de encontrar a pessoa que mais amei e acompanhei durante a vida. Infelizmente as últimas informações que chegaram até nós e até a instituição pública que está desenvolvendo o processo de investigação demonstram diferentes faces da crueldade a qual estamos submetidos", escreveu.

Matheusa, como era chamada, tinha identidade de gênero não binária, quando não se considera nem homem, nem mulher.

Fonte: G1
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