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"œPiauí não corre risco de falta de água", diz superintendente da Semar

Romildo Mafra destaca que quase todas as barragens do Estado atingiram seu volume máximo neste início de ano.

22/03/2016 07:22

As chuvas que caíram no Piauí no final de 2015 e começo de 2016 contribuíram para acumular água em praticamente todas as barragens do Estado. De 40 barragens de grande porte, apenas três não conseguiram atingir sua capacidade máxima. Com isso, o superintendente de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Piauí (Semar), Romildo Mafra, declara que os piauienses não correm risco com a falta de água nos próximos anos.


Foto: Divulgação


“Eu costumo dizer que o Piauí é o Estado das águas, pois tem muita água acumulada em barragens de porte grande. Então, o Piauí não corre risco, daqui uns anos, com falta de água, pois a natureza colaborou conosco este ano”, disse.

De acordo com Romildo Mafra, a Bacia do Canindé acumula, atualmente, 1,1 bilhão de metros cúbicos de água, e o Piauí é um estado que possui muitos rios cheios, barragens, açudes, além de águas subterrâneas, favorecendo tanto o abastecimento no ponto de vista humano, como animal e de irrigação.

O superintendente ainda destaca que é preciso fiscalizar os poços perfurados em todo o Piauí, sobretudo os irregulares. Segundo a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), o Piauí possui 28 mil poços sendo utilizados para uso humano, animal e irrigação; porém, a Semar tem o controle só de, aproximadamente, quatro mil poços.

“A maioria desses poços são antigos, antes de ter alguma exigência da lei, então há um descontrole desse acompanhamento. A Agespisa, Dnocs, Idepi, Funasa, Prefeituras, empresas e pessoas particulares, todos fazem poços, mas somente a Semar tem o controle disso, e não é fácil acompanhar. Como demoramos com a liberação da licença, essas pessoas acabam fazendo de forma irregular”, frisa Romildo Mafra, acrescentando que, este ano, foram emitidas 450 licenças para perfurações de poços, o que beneficiou mais de 160 municípios piauienses.

O gestor enfatiza ainda que os poços irregulares causam prejuízos, sobretudo para quem utiliza esta água. Romildo Mafra conta que o principal objetivo da outorga é saber se naquele local pode ser feita a perfuração de poço; se a qualidade da água é própria para consumo; para qual fim será utilizada; além da vasão por dia desse poço.


Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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