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"œCâncer de mama está ligado à industrialização", diz mastologista

Outro problema recorrente que o profissional aponta é a exposição exagerada das pessoas a radiações

16/10/2019 06:58

O câncer pode ser adquirido de diversas formas. Na mulher o câncer de mama é o mais frequente, está diretamente ligado a industrialização da sociedade, segundo o mastologista Luiz Ayrton Santos, presidente da Fundação Maria Carvalho Santos.

“Vivemos em um país que não tem o controle adequado sobre as doenças. Eu cito que hoje todos os alimentos são encenadores da nossa saúde. O ideal seriam alimentos orgânicos, livres dos agrotóxicos, de corantes, conservantes e plástico”, diz Luiz Ayrton Santos.


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O mastologista argumenta ainda que outro problema recorrente é a exposição exagerada das pessoas à radiações. Além disso, há 10 anos o câncer mais comum entre as mulheres era o câncer de útero. Porém, com as vacinas, a melhora na higiene e o uso da camisinha, esse cenário mudou. 

Todavia, com o câncer de mama não é diferente - mesmo com o aumento no número de casos. A cura é viável em 90% em que são diagnosticados no início. Com a mamografia é possível identificar um nódulo com 0,03 centímetros e através do autoexame sentir anormalidades, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas, para o mastologista Luiz Ayrton Santos, a extinção da doença é algo complicado, pois vários fatores influenciam o desenvolvimento do câncer.

“O câncer é algo desafiador por que ele não é propriamente uma doença, eu gosto de imaginar que ele é um estado de espirito, por exemplo, ele é uma doença que todos nós temos. Mas o nosso organismo consegue matá-lo antes dele crescer. Ele é ligado a história familiar, em alguns casos, é uma doença que se pega por vírus, trabalho, trauma, e do ambiente que está você está inserido”, alerta Luiz Ayrton Santos.


Para o mastologista Luiz Ayrton, a extinção da doença é algo complicado e envolve vários fatores - Foto: Arquivo O Dia

Mesmo assim a mulher pode ficar atenta a alguns sinais, em relação ao câncer de mama: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); saída de líquido anormal das mamas; dor recorrente nos seios; e pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.

Assim, conforme o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a mulher deve fazer o exame de mamografia a partir dos 40 anos, mas sempre seguir recomendações médicas com relação a frequência com que deve retornar ao médico.  No Brasil, a doença é mais recorrente após os 50 anos, e tem caráter genético em 5% a 10% dos casos

Entretanto, a medicina trata cada paciente de forma individualizada, o que reduz a chance do câncer voltar. Outro grande aliado são os exercícios físicos. “É o que temos de mais barato e mais eficaz para combate de câncer. A mulher que tem câncer de mama e tem o hábito de caminhar diminui em 30% a chance do câncer voltar, isso é muito importante”, lembra Luiz Ayrton.

Por: Sandy Swamy, do Jornal O Dia
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