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Ufpi é a pior Universidade Federal do Nordeste, aponta Datafolha

A Ufpi aparece ainda em 21º lugar dentre as 27 Universidades Federais do Brasil

03/09/2012 09:10

De acordo com o Ranking Universitário Folha (RUF), realizado pelo Instituto Datafolha com o objetivo de listar as Instituições de Ensino Superior do Brasil, a Universidade Federal do Piauí (Ufpi) é a pior Universidade federal do Nordeste. A Instituição Federal de Ensino Superior (Ifes) aparece em 49º lugar no ranking geral e em 21º dentre as 27 federais do Brasil.

Na pior colocação dentre as federais do Nordeste, a Ufpi fica atrás ainda de nove instituições privadas e de 31 públicas de todo o Brasil, considerando o ranking composto por 191 instituições.

A Ufpi fica à frente apenas da Federal do Mato Grosso (51º), do Acre (76º), do Tocantins (82º), de Rondônia (111º), de Roraima (113º) e do Amapá (139º), ocupando a 21ª colocação no ranking das 27 federais brasileiras (considerando a Universidade de Brasília).

No nordeste, a Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe) foi a melhor colocada, estando entre as 10 melhores do país, no 10º lugar. No grupo das nordestinas, em seguida aparece a Federal da Bahia (12º), do Ceará (18º), do Rio Grande do Norte (21º), da Paraíba (26º), de Alagoas (36º), de Sergipe (39º) e do Maranhão (44º).

Em todo o Brasil, há 2.377 instituições de ensino superior, de acordo com dados do MEC. Desse total, 85% são faculdades, 8% são universidades, 5,3 centros tecnológicos e 1,6% são institutos tecnológicos.

Confira aqui o ranking completo

Uespi ocupa a 143ª posição

A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) aparece em uma colocação ainda pior. Dentre as 232 instituições analisadas e 191 classificadas, a Uespi aparece em 143º lugar, à frente apenas de 45 entidades avaliadas. Dessas, 32 são instituições privadas de ensino.

Reitor avalia pesquisa

Para o reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Carlos Alberto, a pesquisa divulgada não serve para uma análise mais completa e criteriosa sobre a qualidade da instituição. Ele acredita que universidade está no caminho certo, já que possui uma boa colocação no ENADE, exame que avalia a qualidade dos cursos. "Deve-se avaliar o formato em que a pesquisa foi feita. Não tem como estarmos bem colocados no ENADE e termos nota zero nessa pesquisa. Essa avaliação deve servir de parâmetros para definir novas metodologias dos cursos", comenta.

Segundo Carlos Alberto a pesquisa não utiliza o padrão de qualidade, não analisa profundamente a instituição, além de não divulgar quais os critérios avaliados. Para entender mais sobre o ranking, a UESPI entrou com recurso pedindo a liberação da pesquisa detalhada. A UFPI não se posicionou ainda sobre os dados divulgados.

Ufpi e Uespi ainda são referências no mercado de trabalho

Embora sem figurarem no índice de melhores cursos e sem serem apontadas como modelos em áreas específicas do conhecimento, as Universidades públicas instaladas no Estado do Piauí ainda são relativas referências quando se trata da aceitação no mercado de trabalho. Das 232 Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras avaliadas pela Folha de São Paulo, a Ufpi e a Uespi aparecem em 35º e 63º lugar, respectivamente.

Mesmo as melhores colocações alcançadas pela Ufpi e pela Uespi no Ranking Universitário Folha (RUF) ainda estão longe de serem os ideais. Contudo, o resultado é significativo quando se trata da aceitação, no mercado de trabalho, dos alunos egressos da Estadual e da Federal do Piauí diante de outras instituições avaliadas. Para figurar entre as classificadas, as Universidades deveriam receber no mínimo três menções por parte dos entrevistados.

A Ufpi foi a 35ª instituição mais lembrada do Brasil, ficando à frente das Federais de São Paulo (Unifesp, 53º lugar), Rio de Janeiro (Unirio, 73º), Amazonas (Ufam, 39º), Alagoas (Ufal, 46º), Paraíba (UFPB 41º) e do Maranhão (UFMA, 52º).
A Uespi, que alcançou o 63º lugar, ficou à frente ainda da Unirio e da Federal do Mato Grosso (78º) e de Roraima (153º), além de ter sido mais lembrada que as estaduais do Rio Grande do Norte (117º) e do Rio Grande do Sul (153º).

Metodologia da pesquisa

Para criar o RUF, a Folha definiu uma metodologia baseada em rankings internacionais, como o ranking global THE (Times Higher Education), o QS (Quacquarelli Symonds) e a ARWU (ranking de Xangai), adaptada ao contexto brasileiro.

Foram classificadas 232 instituições de ensino superior brasileiras, sendo 41 faculdades e centros universitários e 191 universidades - instituições com foco em pesquisa e autonomia de ensino, conforme definição do MEC.

A pesquisa leva em conta a combinação de diversos indicadores, como qualidade de ensino e pesquisa, cursos e áreas de conhecimento, avaliações do mercado de trabalho e inovação no ensino. O ranking geral conta com 191 universidades distribuídas em 188 posições devido a empates.

Por: Maria Romero
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