A dívida da Universidade Federal do Piauí (UFPI) junto às construtoras responsáveis por obras nos campi da capital e do interior supera os R$ 5 milhões em 2015, segundo a Associação Piauiense dos Empresários de Obras Públicas (Apeop-PI). 

A entidade afirma que, em alguns casos, passa de quatro meses o atraso no pagamento dos contratos de obras simples, como reformas de salas de aula e de laboratórios. 

Os dados são referentes apenas às cinco maiores empreiteiras que dependem de recursos próprios da universidade para tocar os serviços. 

Desde novembro o levantamento foi apresentado ao reitor da UFPI, professor doutor José Arimatéia Dantas Lopes, pelo presidente da Apeop-PI, Arthur Feitosa.

"É um problema inédito na UFPI. Nossos associados nunca tiveram esse tipo de atraso na instituição, que tem o terceiro maior orçamento do Estado" disse Feitosa. 

No encontro, ficou agendada uma nova reunião para o início de dezembro, quando seria avaliado como a UFPI poderia sanar ainda este ano as dívidas mais atrasadas, que datam de agosto de 2015. No entanto, o encontro foi desmarcado por conta de incompatibilidade com a agenda do reitor. "Os construtores estão levando as obras com o mínimo de funcionários para não parar, porque eles precisam receber e pagar a segunda parcela do décimo terceiro dos operários, mas as obras maiores ficam inviáveis de se continuar", ressalta o presidente da Apeop-PI.

Dentre os fornecedores da UFPI, há empresas que reclamam de atrasos ainda maiores. "Tem fornecedor que não recebe desde maio. O que estamos informando é que veio o dinheiro do Ministério da Educação agora no início de dezembro e a Pró-Reitora de Administração protelou os pagamentos. Assim, o Governo Federal retirou os recursos de volta, deixando todos sem receber nada" afirma Arthur Feitosa.