Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

TJ-PI determina que sejam anuladas apreensões da Operação Coiote

Diretoria da OAB-PI comemorou decisão. Entidade considera que operação teve inúmeras falhas.

31/05/2019 14:59

O desembargador Erivan José da Silva Lopes deferiu, nesta sexta-feira (31), um mandado de segurança determinando que sejam anuladas as buscas e apreensões realizadas em residências e escritórios de advocacia da cidade de São Raimundo Nonato, por ocasião da Operação Coiote, deflagrada pelo Ministério Público. 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí, Celso Barros Coelho Neto, considera que a decisão expôs as falhas na sistemática da operação executada em São Raimundo Nonato. 

“As prerrogativas da advocacia não podem ser alijadas e, por conta disso, interpusemos o mandado de segurança e obtivemos essa decisão que retrata, de toda sorte, falhas na operação. Garantimos que, enquanto representantes da OAB Piauí, estamos firmes na defesa das prerrogativas da advocacia”, afirmou Celso Barros, por meio de nota.

A Operação Coiote foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-PI com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que estaria, segundo a instituição, aplicando golpes em idosos de São Raimundo Nonato e municípios vizinhos.

De acordo com o presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas, Marcus Vinícius de Queiroz Nogueira, a decisão corroborou com o trabalho realizado pela comissão. 

“O desembargador Erivan Lopes determinou que o material apreendido nas residências e escritórios não poderia ser usado pelo MP como provas no processo, pois a OAB Piauí não foi comunicada para acompanhar as buscas em São Raimundo Nonato, conforme manda o estatuto da advocacia [...] Recebemos a notícia do deferimento do mandado de segurança com enorme satisfação, pois, desde o início dessa operação desastrosa, a Comissão de Prerrogativas já havia detectado os abusos e desrespeitos às prerrogativas dos advogados de São Raimundo Nonato”, destaca Marcus Vinícius Nogueira.

Outro lado

A reportagem tentou contato com o promotor de Justiça Rômulo Cordão, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mas as ligações não foram atendidas.

Por: Cícero Portela
Mais sobre: