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Sputnik V: Mesmo com negativa da Anvisa, Consórcio Nordeste defende importação

O consórcio já havia fechado a compra de 37 milhões de doses da Sputnik V e pretendiam receber as doses ainda neste mês de abril.

27/04/2021 09:15

Após diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negarem, por unanimidade, os pedidos de importação da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste reiterou o parecer favorável à aprovação da vacina e importação do imunizante pelos estados do Nordeste. O consórcio já havia fechado a compra de 37 milhões de doses da Sputnik V e pretendiam receber as doses ainda neste mês de abril.


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Na noite de ontem (26), os cinco diretores responsáveis por áreas técnicas da Anvisa apontaram que a vacina russa não conseguiu demonstrar a segurança e a eficácia necessárias para a aprovação. Para os votantes, há insuficiência de dados e risco à saúde por falha na fabricação do imunobiológico. Com a decisão, a Anvisa nega os pedidos de importação feito pelos estados do Piauí, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia.

Foto: Divulgação/Casa Rosada

Contudo, para o Consórcio Nordeste, diante da pandemia do novo coronavírus, não se pode deixar que entraves burocráticos prejudiquem o acesso da população à vacina e reafirmou a importância dos imunizantes como a “grande esperança” do combate à pandemia, lembrando que mais de 3,5 milhões de vidas já foram perdidas em decorrência da doença em todo o mundo.

O comitê usou como comparativo os processos regulatórios e científicos aos quais são submetidos outros imunobiológicos, como as vacinas produzidas pela AstraZeneca e Johnson & Johnson. Além disso, destacou ainda os estudos científicos desenvolvidos para a aprovação do imunizante russo, dando enfoque à eficácia comprovada de 91,6% e a aprovação e uso da vacina em diversos outros países.

“Argentina e a Hungria já anunciaram resultados iniciais de efetividade com esta vacina e foram bastante promissores. Na Hungria, onde foram administradas mais de 200 mil doses, a resposta desta vacina foi superior a de outras plataformas. O monitoramento de eventos adversos na Argentina comprovou os dados do estudo de fase 3, onde a maioria dos eventos adversos foram considerados leves, tornando a possibilidade de o Brasil contar com uma vacina imunogênica e segura”, frisou.

Na última quinta-feira (22), o Supremo Tribunal Federal (STF) havia autorizado o Piauí a importar e aplicar a vacina russa Sputnik, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa) não analisasse os pedidos de autorização. 

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