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Sindicato quer retorno das atividades da construção civil no Piauí

Mesmo com o decreto, ainda é garantido aos estados e municípios dialogarem sobre quais serviços retomar de forma gradual para conter a disseminação do vírus

08/05/2020 15:47

Após o presidente Jair Bolsonaro incluir a construção civil e industriais entre os serviços essenciais, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Teresina) quer o retorno das atividades no estado, que seguem inativas devido às medidas estaduais e municipais de combate ao novo coronavírus.

"Aqui, a indústria tem uma relevância muito grande no nosso Estado. Nós recebemos com bastante animação a notícia do decreto. Tenho falando isso há algum tempo, inclusive em conversas com o Governador do Estado, em relação às paralisações que estamos tendo em Teresina e no Piauí”, disse o presidente Sinduscon Teresina, Francisco Reinaldo.

Ele ainda informou que o Governo Federal iria adotar várias medidas de incentivo à construção e por conta disso seria importante que os escritórios voltassem a funcionar para elaborar projetos. "Temos que nos preparar para essa demanda que vai vir. Se nós não fizermos isso, mais uma vez o Piauí vai ficar para trás, porque não teremos projeto. Já se reclama muito que não tem projeto na área governamental e agora na área privada também não vai ter?  É esse questionamento que estamos colocando. O Estado precisa começar essa retomada gradual e segura. Isso que estamos defendendo e com entendimento", acrescenta Francisco Reinaldo.

Mesmo com o decreto, ainda é garantido aos estados e municípios dialogarem sobre quais serviços retomar de forma gradual para conter a disseminação do vírus. Francisco Reinaldo reforça a necessidade de discutir a retomada do setor de forma conjunta com os demais órgãos competentes. "Nós não gostaríamos de usar esse decreto para forçar uma volta, o que nós queremos é voltar com responsabilidade, de forma coordenada, de comum acordo com as autoridades locais e o Sindicato dos Trabalhadores. Esse é o nosso objetivo. O decreto é importante e é bom que tenha sido editado, mas preferimos o diálogo", destaca. Ele ainda frisa que já foram apresentados à Prefeitura os protocolos que as empresas devem adotar ao retomarem suas atividades.

Francisco Reinaldo, presidente Sinduscon Teresina, e o vice-presidente Guilherme Fortes (Foto: Divulgação)

"São medidas que as empresas deverão adotar, entre elas, o uso de máscaras, álcool gel distribuído ao longo das obras, que  normalmente são abertas. Também está incluso a medição da temperatura corporal dos trabalhadores nos canteiros de obras na chegada, divisão do horário de almoço ou ampliação dos refeitórios, caso haja possibilidade. Existem essas medidas que são mitigadoras de riscos. Poucos países pararam as obras. No Brasil, também foram poucos os estados. Então, isso mostra que não há uma ligação direta entre o alastramento da pandemia e a paralisação das obras", explica o presidente do Sinduscon.

Setor tem dialogado com órgãos competentes para a retomada das atividades

Francisco Reinaldo ainda externa que os diálogos com o Sindicato dos Trabalhadores e com a Prefeitura de Teresina tem acontecido de forma a pontuar a necessidade de retomar a continuidade das obras. "Nessas conversas temos tido esse cuidado de mostrar os protocolos que as empresas poderão estar adotando, e deverão adotar, para essa retomada segura. O Sindicato dos Trabalhadores está sensível a essa questão, temos conversado com eles, e a Prefeitura está analisando. O que a gente espera realmente é que a Prefeitura venha de encontro ao segmento para que a gente possa retomar as atividades com toda a segurança", pontua.

Ele ainda acrescenta que um dos pedidos à Prefeitura, nessas conversas, é o retorno do funcionamento dos escritórios das empresas com redução para meio expediente e com apenas 30% dos efetivos. "Isso é apenas para preparar as empresas para essa retomada. Isso é uma coisa bastante simples, não vai alterar em praticamente nada a questão do isolamento social que estamos adotando aqui em Teresina. Então acredito que infelizmente a Prefeitura tem sido muito reticente nessa questão, tem ouvido, mas não tem tido essa tomada de decisão que poderia facilitar bastante. Solicito às autoridades que sejam sensíveis a essa aspecto porque hoje nós só temos quatro estados na federação que estão com a construção parada. No mundo todo, a construção parou muito pouco. É uma atividade que poderia está funcionando e contribuindo um pouco para esse desalento que as pessoas estão tendo pelo fato de estar em casa, de não estarem produzindo", finaliza.

Fonte: Da redação
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