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Funcionários da Servi-San podem entrar com ação judicial após demissões

A empresa decidiu demitir, a partir de hoje (17), 1.080 funcionários por falta de repasse.

17/08/2015 12:44

Após publicação de nota da empresa Servi-San comunicando a demissão de pelo menos mil funcionários, o Sindicato dos Vigilantes garantiu que os trabalhadores demitidos que não receberem o valor correspondente aos salários e benefícios atrasados irão entrar com uma ação judicial contra a empresa.

Em nota, a Servi-San disse que a Prefeitura de Teresina e o Governo do Estado não estão repassando os valores devidos referentes aos serviços prestados de vigilância e serviços gerais, o que somam cerca de R$98 milhões. Afirmou ainda que por várias vezes a empresa tentou acordo com os órgãos, mas sem sucesso. Em razão disto, a Servi-San decidiu demitir, a partir de hoje (17), 1.080 funcionários.

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), ressaltou ontem que o Município não deve nada à Servi-San e que, na última sexta-feira, foram repassados R$ 700 mi à empresa. Ele informou que, caso a Servisan não pague os direitos trabalhistas dos funcionários demitidos, a PMT irá acioná-la na Justiça.

Segundo Firmino, os pagamentos são feitos à proporção que os processos chegam à Tesouraria, e são comunicados ao Ministério Público do Trabalho e ao Sindicato dos Empregados das Empresas de Segurança, Vigilância, Transporte de Valores e Serviços Orgânicos de Segurança do Piauí.

Para o presidente do sindicato, André Lima, o rompimento dos contratos dos servidores é uma forma de intimidar as empresas que estão inadimplentes com a Servi-San, mas afirma que a empresa é a principal culpada no atraso do pagamento dos salários. “É vergonhoso uma empresa com mais de 40 anos no mercado não ter dinheiro, fundos para pagar seus funcionários. São de 2 a 7 meses sem salários e sem o auxílio alimentação. Se os órgãos não estavam pagando, eles deveriam ter tomado uma providência antes”, lamentou.

O sindicato afirmou ainda que os funcionários que, por ventura, forem demitidos e não receberem todos os direitos da rescisão e a quitação dos pagamentos que estão em atraso irão mover uma ação coletiva ou individual contra a Servi-San pedindo o recebimento do dinheiro. 

Há mais de 6 meses os trabalhadores da empresa vêm realizando greves e manifestos a fim de chamar a atenção das autoridades competentes para a situação. Em abril deste ano, os vereadores da Câmara de Teresina também denunciaram o atraso do pagamento de salários dos terceirizados.  

Por: Ithyara Borges e Robert Pedrosa
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