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Saque do FGTS: veja como usar esse dinheiro

Os depósitos começaram a ser feitos no dia 29 de junho e só pode ser utilizado para pagar boletos e compras online

03/07/2020 13:24

Em abril, o Governo Federal anunciou a liberação do saque de R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que estaria disponível na conta da Caixa Econômica Federal do titular a partir da segunda quinzena de junho. O valor pode ser utilizado apenas para pagamento de boletos e compras online e os depósitos começaram no dia 29 de junho e segue até o dia 21 de setembro, de acordo com o calendário.

Confira regras para saque e calendário aqui.

Essa é uma medida que vem como uma forma de combater a crise criada pela pandemia do coronavírus e deverá ser utilizada pelas pessoas que realmente estão sentindo o impacto da crise no bolso. Mas, esse é um bom momento para sacar este dinheiro? Como devo utilizá-lo?

A utilização desse valor deve ser planejada (Foto: Arquivo/ODIA)

Para responder a esta pergunta, deve-se levar em conta que atualmente o rendimento do FGTS é maior do que a maioria dos investimentos existentes. Em contrapartida, essa renda, mesmo que não tão significativa, pode vir em boa hora para quem está em dificuldade. O problema é que muitas pessoas usam rendas extras mesmo sem necessidade e em compras que não precisam sem considerar sua situação financeira atual, entrando numa bola de neve de inadimplência. Infelizmente, isso é comum.

Assim, a decisão de como usar o FGTS vai depender justamente da situação financeira em que a pessoa se encontra. Se ela estiver em uma situação financeira confortável, a melhor orientação é não mexer neste dinheiro e deixar ele rendendo, pois poderá ajudar muito suas finanças.

Mas se estiver endividado deverá sim sacar, mas com foco, para que o dinheiro seja utilizado para o que realmente é necessário. Por isso, aqui vai algumas orientações para quem está em situação de inadimplência, de equilíbrio financeiro e também para quem já tem o hábito de investir:

Em situação de inadimplência

Caso o valor resgatado seja suficiente para quitar as dívidas em atraso totalmente, mesmo assim é preciso cuidado. Avalie se não vai precisar destes valores no futuro, na crise é hora de planejar muito bem os gastos. Além disto, é válido negociar e conseguir descontos, diminuindo grande parte da dívida. Por outro lado, se não for para quitar 100% da dívida, é mais interessante investir o valor e para ter força para negociar no futuro.

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De uma forma ou de outra, o principal a ser feito nessa situação delicada é se educar financeiramente, ou seja, mudar seu comportamento para não mais retornar à inadimplência. O primeiro passo é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos os números, traçando um planejamento para renegociar a dívida - agora ou no futuro - em parcelas quem respeitem o orçamento mensal.

Em situação equilibrada ou de investidor

Esse dinheiro pode ser a salvação para não se endividar, assim é preciso de muito cuidado, o valor pode acabar ser utilizado em compras supérfluas e de pouca importância, ao invés de contribuir para a conquista de "gordura" financeira neste momento. Também é preciso não esquecer que é preciso sonhar e cada pessoa deve ter no mínimo três: um de curto prazo (a ser realizado em um ano), outro de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo (a ser realizado a partir de dez anos).

Nessa situação, a orientação é não fazer o saque das contas atualmente nenhum rendimento tem a rentabilidade do FGTS, mesmo com a SELIC menor da história, pois o fundo tem rendimento mínimo.

Por: Da redação
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