Para que o retorno das atividades econômicas não apresente riscos à saúde da população, é preciso que cada indivíduo tenha consciência da importância de seguir as orientações de sanitização proposta pelas organizações de saúde mundial. Além de ficarmos atentos ao que já costumamos ouvir, como evitar o contato, como abraços e aperto de mão, usar álcool gel e máscaras, existem outros fatores que precisamos ficar alertas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

A fisioterapeuta Patrícia Nunes deu alguma orientações para se ter um retorno seguro, seguindo as recomendações de sanitização adequadamente. Na hora de limpar o ambiente, por exemplo, os cuidados seguem uma nova recomendação. Se antes era comum mergulharmos o pano de chão em um balde com mistura de água sanitária e água, agora as orientações são outras. Hoje se aconselha utilizar um spray com a solução sanitizante para poder limpar a casa.

^{(Foto: reprodução/internet)}

“A medida é usar 25% de água sanitária para a quantidade de solução que você pretende usar, ou seja, se vai usar um litro, então um quarto deve ser do produto sanitizante. Colocar isso dentro do borrifador e utilizar para higienizar a casa. Isso é recomendado tanto para residência como empresas”, disse.

Outra opção são os tapetes sanitizantes, onde é possível colocar uma solução sanitizante e serve para esterilizar os pés e calçados. Porém, o mais recomendado é que os calçados fiquem do lado de fora do imóvel, evitando que, mesmo sendo limpo no tapete sanitizante, algum resquício do vírus seja levando para dentro.

A ozonização de ambientes também é recomendada para realizar em empresas. Segundo Patrícia Nunes, o ozônio consegue atingir um bom percentual de desinfecção de ambiente, tanto para fungo, ácaro, bactérias e vírus, evitando o ciclo reprodutivo.

Em empresas, é comum que os computadores sejam compartilhados, por isso, a recomendação é de que esses equipamentos sejam limpos diariamente e a cada troca de turno. Segundo ela, cada colaborador deve ter seu álcool gel para limpar tanto o equipamento como as mãos. 

“É recomendado que se use uma solução própria, pois a água sanitária ou o álcool podem danificar esses equipamentos. Nesses casos em que os computadores são coletivos, é preciso manter a higiene, assim como o celular, que precisa ser constantemente limpo”, pontua Patrícia Nunes.

É importante frisar que, mesmo com todas essas recomendações e medidas de segurança, as pessoas devem manter a calma. “Precisamos seguir todos esses cuidados, mas sem que isso nos cause medo, insegurança, pois isso pode atrapalhar o emocional, o rendimento e nossa vida. Temos que tentar seguir o mais natural possível para que não se adoeça psicologicamente”, acrescenta Patrícia Nunes.

Uso correto da máscara e álcool gel

Pode não parecer, mas muitas pessoas ainda têm dificuldades para entender o modo correto de utilizar a máscara. Além de ser sabido que não de pode ficar tocando no rosto, nem deixá-la pendurada pela orelha, nem apoiá-la embaixo do queixo, deve-se lembrar que o tempo de utilização também precisa ser seguido.

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“Muitas pessoas passam o dia usando uma máscara, mas isso não é válido, pois ela só tem duração de até quatro horas, mas se a pessoa transpira muito ela só tem duração de duas horas. Se a pessoa não tem como trocar, ela pode utilizar um papel toalha dobrado e colocar na frente da boca, dentro da máscara, trocando a cada duas horas. Se precisar tirar essa máscara no trabalho, é importante guardá-la em um saquinho até chegar em casa para higienização”, comenta.

^{Uso da máscara deve ser feito de maneira correta para evitar contaminação (Foto: Jailson Soares/ODIA)}

Ao chegar em casa, essa máscara deve ser lavada de forma adequada também. Ela precisa ficar em uma solução sanitizante de água sanitária com água por 10 minutos e, depois de enxaguada, ser estendida em um local específico para ela. O armazenamento também deve ser feito de maneira adequada. 

Patrícia Nunes lembra que o uso da máscara deve ser feito apenas em ambientes externos ou com pessoas. Se estiver em casa, dentro do carro ou até mesmo praticando atividade física sem outras pessoas próximas, o recomendado é que não faça uso da máscara, por ela pode trazer prejuízos à saúde, como contaminação.

O uso do álcool gel continua sendo recomendado, mas precisa de alguns cuidados. O principal recomendação é de que as mãos sejam lavadas com água corrente e sabão. Se isso não for necessário, deve-se fazer o uso do álcool gel. “Deve-se evitar levar a mão aos olhos ou nariz, pois usamos as mãos para pegar em muitas coisas e, por mais que seja higienizada, ela nunca fica totalmente limpa. Se for o caso, sempre ter por perto lenços umedecidos”, comenta.

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Aliás, o lenço umedecido também pode ser um aliado caso não tenha uma máscara por perto. A fisioterapeuta Patrícia Nunes dá uma dica para quem necessita de uma máscara em momento emergencial. “Devemos andar de máscara em todo lugar, mas se por acaso a pessoa não tem, ela pode deixar duas folhas de lenço umedecido abertos, para o cheiro e umidade sair e quando elas estiverem secas dá para fazer uma máscara. Isso é para momento que a pessoa precisa resolver uma coisa rápida, não para se usar o tempo todo”, ressalta.

Cuidados com alimentos em casa

Patrícia Nunes comenta que os cuidados também devem ser seguidos dentro de casa. A profissional explica que, ao receber qualquer produto em domicílio, como alimentos, a embalagem deve se descartada. Se for reutilizar essa embalagem, é recomendado que deixa na área externa por até três horas. 

Em relação a frutas e verduras, esses alimentos também precisam ser higienizados, mesmo aqueles que não vão para a geladeira. Isso deve ser feito com a ajuda de uma solução sanitizante, uma mistura de uma colher de sopa de água sanitária para até dois litros de água. As frutas e verduras devem ficar nessa solução por até 10 minutos

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“Antes utilizávamos até 10 gostas, mas por conta do vírus, recomendamos uma colher de sopa, não muito cheia. Esses alimentos devem ser enxaguados bem em água corrente. Muitas pessoas estão reclamando que é algo trabalhoso, mas precisamos nos adaptar ao novo normal. Não adianta estarmos cheios de cuidados e por um descuido acabar sendo contaminado”, disse.

Por: Isabela Lopes