Com o período do B-R-O-Bró se aproximando, as temperaturas aumentando e a umidade relativa do ar caindo, o Piauí começa a entrar no cenário ideal para a incidência de focos de incêndio e queimadas nas vegetações. O relatório em tempo real do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) já aponta um aumento vertiginoso no casos de fogo na mata aqui em território piauiense entre os meses de junho e julho.

Leia também: Piauí registrou 328 queimadas em apenas 24 horas, segundo Inpe 

O aumento foi de 208% nos focos de queimada registrados no Piauí no intervalo de apenas um mês. Ao longo de junho, o Estado contabilizou 134 casos de fogo na mata, e agora em julho, até esta terça-feira (28), já são 413 focos. A quantidade de ocorrência mais que dobrou em 30 dias. E nos meses anteriores, a situação não foi tão diferente. De maio para junho, o Piauí viu subir em 158% os números de focos de queimada (foram 52 casos em mio e 134 em junho). 

Observando-se o mês mais crítico até o momento, julho, é como se o Piauí tivesse uma média de 14 focos de incêndio na vegetação por dia. Apesar de ser preocupante, o dado ainda não foi suficiente para colocar o Estado como um dos mais críticos do país no que respeita às queimadas. É o Mato Grosso que ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de focos de incêndio na mata, com 2.003 ocorrências só em julho.

Aqui no Piauí, somente no dia de ontem (27), os satélites do Inpe detectaram 49 focos de incêndio. Isso pôs o Estado como o quarto do país na quantidade de focos acumulados nas últimas 24 horas. No domingo (26), foram 32 ocorrências. Somando-se os últimos cinco dias, o Piauí registrou 122 focos de queimada na vegetação e nas proximidades de áreas urbanas. 

Picos é castigada pelo fogo

Ainda ontem (27), o Portalodia.com noticiou um incêndio de grandes proporções que atingiu a vegetação próxima a uma área residencial na cidade de Picos. O Corpo de Bombeiros precisou ser acionado para tentar conter as chamas, mas apesar da velocidade com que o fogo de alastrava, não houve registro de feridos. De acordo com o sargento Rocha, o mato seco e os ventos fortes ajudaram para que as chamas se propagassem mais facilmente.

Por: Maria Clara Estrêla