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Quase 100% do território piauiense encontra-se sob risco crítico de queimadas

Levantamento atualizado do Inpe mostra que o Estado concentra uma grande quantidade de focos de calor. Números de focos de incêndio já é dobro do que foi registrado em 2017.

17/07/2018 10:16

O B-R-O-Bró – período mais quente do ano – nem começou ainda e o Piauí já se encontra sob alerta para o risco de incêndios e queimadas. O levantamento atualizado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que quase 100% do território piauiense encontra-se em nível crítico de risco de queimadas, ou seja, concentra uma grande quantidade de focos de calor.

Ao longo de 2018, já foram registrados 853 focos de calor no Piauí. Em 2017, no mesmo período, foram registrados 489 focos, ou seja, o número quase que dobrou. Ilustrando a gravidade da situação, aparece o mapeamento do Inpe. Toda a área em vermelho são os pontos críticos de risco de queimada espalhados pelo Piauí.  Excetuando-se a região ao Norte de Teresina, o litoral piauiense e o extremo Sul na região do município de Corrente, todo o restante do Estado encontra-se sob alerta máximo.

Foto: Reprodução/Inpe

Essa situação gera uma preocupação maior aos órgãos competentes, principalmente se levarmos em conta a os números de atendimentos já registrados pelos Bombeiros de janeiro a julho no Piauí. Foram 334 ocorrências, das quais 114 foram incêndio em entulho, 36 em estabelecimentos comerciais, três em estabelecimentos industriais, quatro em estabelecimentos públicos, 76 em vegetação, 41 em veículos, 42 em residências e 28 princípios de incêndio.


Foto: Arquivo O Dia

Segundo explica a major Nájra Nunes, porta-voz dos Bombeiros do Piauí, a grande maioria das ocorrências de fogo é causada pelo próprio homem. “É muito raro o fogo se iniciar sozinho. Pode até acontecer de lixo orgânico acumulado na natureza se decompor e liberar gases inflamáveis que levam a uma combustão, mas o que acontece na maioria das vezes é que o homem vai lá e toca fogo, joga uma bagana de cigarro, um caco de vidro que refrata a luz e pode gerar um foco de chama. Tem ainda a própria cultura de queimar entulho e de queimar a vegetação para preparo do solo. Há uma série de fatores”, discorre.

Ela orienta a população para que nesse período mais quente do ano evite fazer a capina de terrenos usando o fogo, que limpe área de terrenos de baldios e que evitem jogar lixo em locais inadequados. 

Por: Maria Clara Estrêla
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