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Projeto Mulheres de Visão: empreendedorismo e acessibilidade

Ação vai incentivar mulheres cegas abrirem um negócio com foco na acessibilidade

05/08/2019 12:19

“Dizem que o impossível é questão de opinião e eu digo mais, é questão de opinião, conveniência e oportunidade. Temos aqui professoras, massoterapeutas, donas de casa e advogada e todas nós estamos aqui por que tomamos a decisão de ser protagonista da nossa própria história”, essa é Camila Morais, 24 anos, é advogada e deficiente visual. 


Camila Morais na abertura do projeto. Foto: Elias Fontenele

Esse relato, aconteceu na manhã desta segunda-feira, 5, no auditório da Ordem dos Advogados do Piauí, Teresina. Em um evento organizado Escola Comradio e o Instituto ILEVE em parceria com a Fundação Interamericana (IAF), onde na reunião estavam autoridades e pessoas com deficiência para o lançamento do Projeto Mulheres de Visão.

Segundo o presidente da Comradio, Iraildo Mota, o projeto vai selecionar 40 mulheres com deficiência visual para treinamentos que envolvem a criação de uma empresa própria, na área de acessibilidade.


Iraldo Mota, presidente da Escola Comradio. Foto: Elias Fontenele

“A primeira fase é a capacitação elas vão passar por autoconhecimento, coach, criatividade, planos de negócios, empreendedorismo, cooperativismo e comunicação durante um ano. Na segunda fase vão ser acompanhadas por mentores especialistas que vão ajuda-las a conduzir negócios para a terceira fase, que é a implementação dos negócios e fazer com que elas possam desbravar o mercado”, explica o presidente. 


Maria da Conceição Sousa, acadêmica de Gestão Ambiental.  Foto: Elias Fontenele

Maria da Conceição Sousa, 33 anos, tem baixa visão, é acadêmica de Gestão Ambiental, e nunca trabalhou, para a estudante o projeto vai mudar a sua vida, “espero que seja bem gratificante para a gente, que possamos aproveitar e também passar para as pessoas a nossa realidade e nossos direitos. Pois depois do curso eu pretendo que as portas de empregos apareçam, e que eu possa me profissionalizar cada vez mais", diz. 

Deste modo, de acordo com a governadora em exercício, Regina Sousa, se incluir na realidade de pessoas com deficiência é um dos pontos importantes para melhorar a acessibilidade. “O governo tem que ter políticas públicas voltadas para pessoas com deficiência. O Piauí foi o primeiro estado a criar uma secretaria especifica, é claro que falta muita coisa, mas algo já foi feito, e as pessoas deveriam tentar fazer as coisas com os olhos vendados para sentir um pouco a sensação”, descreve. 


Autoridades presente no Projeto Mulheres de Visão Foto: Elias Fontenele

Algumas autoridades como o deputado estadual Lima, também foram prestigiar o projeto, “primeiro que é uma marca do governo Welligton Dias esse cuidado especial com essa parcela da população,  que podemos dizer, que até pouco tempo vivia na escuridão, seja quem tem deficiência visual, motora, isso é um trabalho que contribui para inserir a sociedade nos direitos humanos”, conta.

Além disso, a parceria com a OAB é essencial para mobilizar a sociedade como ressalta o Presidente Celso Barros,  “aqui é a casa da advocacia e também a casa da cidadania, e assim nós estamos exercendo a cidadania auxiliando e apoiando causas de inclusão”, destaca.

Edição: Adriana Magalhães
Por: Sandy Swamy
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