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Professores e ocupantes da reitoria da UFPI doam sangue no Hemopi

Três professores da universidade e sete membros da ocupação realizaram ato simbólico; Professor acredita que categoria deve entrar em greve em breve.

10/11/2016 11:52

Um grupo formado por professores, universitários e estudantes secundaristas foram até o Hemopi, na manhã de hoje (10) para doar sangue. O ato simbólico de cidadania, segundo os membros, visa desmistificar a ideia negativa criada sobre a ocupação da reitoria da Universidade Federal do Piauí, que começou no último dia 18.

Professor Mikaias  acredita que categoria irá aderir a greve em assembléia (Foto: Andrê Nascimento/O Dia)

O professor de metodologia e estágio supervisionado em Física, Mikaias Andrade Rodrigues, disse que a atitude visa chamar atenção contra a PEC 241, chamada agora de PEC 55, em tramitação no Senado. "Queremos mudar essa imagem que se criou de que são desocupados e vândalos. Nós somos pessoas conscientes e com o pensamento na ajuda ao próximo", disse. 

Os professores da UFPI são, atualmente, o único grupo que não aderiu ao movimento contra a PEC do Teto de Gastos e contra a reforma do ensino médio. Além da ocupação da reitoria, os trabalhadores técnicos da universidade entraram em greve. Segundo Mikaias, os professores se reunirão em assembleia ainda hoje. No momento os professores estão em estado constante de mobilização. Para ele, o resultado mais provável é de acatar à greve.

(Foto: Andrê Nascimento/ O Dia)

"Acho que sim por que a PEC 55 é realmente cruel com a educação. Se já vimos vários cortes já esse ano, dentro da universidade, com o congelamento provavelmente vamos ver ainda mais", disse o professor Mikaias.

O estudante Eduardo Andrade, secundarista da Escola Benjamin Batista, é um dos estudantes que estão ocupando o prédio da reitoria da UFPI. Para ele, a doação foi "um gesto simbólico, de cidadania, de motivação à vida". Ele defendeu a legitimidade da ocupação, afirmando ser um força de resistência e de luta pelos direitos tanto dos estudantes como de toda a sociedade. "Muitas pessoas marginalizam nosso movimento, como se fosse vandalismo. Estamos lutando pelo direito de todos, e a gente espera conseguir com nossas pautas e dialogando", disse.

Eduardo espera sua vez de doar sangue (Foto: Andrê Nascimento/ O Dia)

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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