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Greve começa na sexta-feira e atrasa início das aulas nas escolas do Estado

Professores se reuniram em assembleia e decidiram pela deflagração de greve geral por tempo indeterminado. Categoria pede reajuste de 6,81%

19/02/2018 09:36

Atualizada às 12h09min

Os trabalhadores da Educação Estadual decidiram deflagrar greve geral por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (23). A decisão foi tomada na assembleia ocorrida na manhã de hoje (19) com as regionais de oito municípios do interior piauiense. Com a greve, as aulas do período letivo nas escolas públicas do Estado, que deveriam começar hoje, ficam adiadas, sem previsão de início.

“A proposta não contempla os interesses dos trabalhadores em educação. Os professores vêm acumulando perdas, apesar do piso está sendo pago. Já os funcionários de escola estão amargando arrochos e redução de salário e para 2018 até o momento o reajuste é zero, aguardando o comportamento da economia, e por fim não obedece a paridade e desrespeita os aposentados", destacou Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI.

A categoria vai se reunir em uma nova assembleia geral prevista para acontecer na terça-feira da semana que vem, dia 27, para deliberar a respeito dos rumos do movimento grevista. 


Categoria votou pela deflagração de greve por tempo indeterminado (Foto: Divulgação)

Iniciada às 09h36min

Os trabalhadores da Educação Estadual estão reunidos em assembleia na manhã de hoje (19) para deliberar a respeito da deflagração de greve geral por tempo indeterminado. A categoria vem reivindicando reajuste de 6,81% para todos os servidores, incluindo os aposentados, além de reajuste de 3,14% para os funcionários de escolas, referente a 2017, pagamento reajustado das gratificações e revisão do plano de carreira.

Na semana passada, o Governo do Estado já havia apresentado uma contraproposta oferecendo reajuste de 3,4% para os professores ativos em fevereiro retroativo a janeiro, para ser pago em forma de auxílio alimentação. A outra parcela do reajuste para professores será de 3,41% na folha de maio, constando no vencimento.

Ainda segundo a proposta do Governo, os aposentados receberão reajuste somente em maio, quando for incorporado os 3,4% no vencimento. A segunda parcela de 3,41% deverá ser paga no próximo quadrimestre, por volta de outubro, até o final de 2018.


Foto: Moura Alves/O Dia

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte), a proposta do governo de pagar o reajuste em forma de auxílio alimentação não contempla os aposentados e a categoria não concorda com esta cláusula. A entidade também se manifestou contra o parcelamento do reajuste, afirmando que este foi um acordo feito no ano passado e que não foi cumprido pelo governo.

A assembleia reúne núcleos regionais do Sinte, que já aprovaram a rejeição da proposta apresentada. Votaram pela deflagração da greve as regionais de São Raimundo Nonato, Água Branca, José de Freitas – que decidiu não iniciar o período letivo – Oeiras, Campo Maior, São João do Piauí, Picos e Piripiri.

Caso a categoria decida pela greve por tempo indeterminado na assembleia de hoje, os professores terão 72 horas para avisar à comunidade do movimento e iniciar a paralisação total dos serviços. No entanto, se não for aprovada a greve, os trabalhadores da educação pretendem seguir um calendário de mobilizações que prevê paralisações regularmente até que se chegue a um acordo com o governo.

Por: Maria Clara Estrêla
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