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Privatização dos Correios: Sindicato acredita em apagão postal no Piauí

Para a categoria, a privatização dos Correios provocará a precarização dos serviços no interior do estado

23/04/2021 17:03

A privatização dos Correios pode provocar um apagão postal no Piauí, prega o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí, Edilson Santos. A desestatização da empresa ´é debatida no Congresso Nacional através de projeto de lei que tramita em regime de urgência. A matéria não passará pelas comissões e seguirá direto para votação no plenário da Câmara Federal.


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Edilson Santos explica que a grande maioria das agências localizadas no interior do Piauí não representam lucro para a empresa, mas permanecem funcionando pelo caráter público. A categoria acredita que esses serviços ficarão comprometidos caso a privatização seja concretizada.

"O processo de privatização já começou de forma lenta e gradual desde o ano passado. Temos 360 municípios em todo o país que dá lucro e supre as pequenas agências que não dão lucro. Temos vários serviços garantidos pela empresa pública. Entendemos que é um crime contra o povo brasileiro e é previsto pela Constituição Federal”, afirmou.

Foto: Assis Fernandes / O Dia

O presidente discorda do governo de que os Correios possui grande quantidade de funcionários. Edilson Santos comenta que apesar da redução de servidores no Programa de Demissão Voluntária (PDV), as demandas continuam crescendo e os trabalhadores sobrecarregados. 

“Temos hoje 90 mil trabalhadores, no último PDV, saiu cerca de 10 mil trabalhadores e o serviço dos Correios tem crescido muito, na contramão do que diz o governo. Está uma sobrecarga de trabalho muito grande, os serviços considerados menos valorosos para a empresa como impresso, cartas e faturas há atraso frequentes e, no entanto, a empresa dá prioridade para o serviço de encomendas”, disse.

Foto: Assis Fernandes / O Dia

No texto enviado pelo governo ao Congresso, os Correios deixa ser de ser 100% estatal para se tornar uma sociedade de economia mista. Os Correios foi incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND) após publicação do decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último dia 14 de abril. 

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