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Prefeitura alertou sobre risco de rompimento de barragem há um ano

A Prefeitura de José de Freitas enviou um ofício ao Governo do Estado em março de 2017 alertando sobre a necessidade de obras no paredão da represa.

09/04/2018 20:09

A reportagem d’ODIA teve acesso a um ofício enviado pela Prefeitura de José de Freitas ao Governo do Estado solicitando o reforço do paredão da Barragem do Bezerro há um ano. O documento, endereçado ao governador Wellington Dias, pede o enrocamento (depósito de rochas) das paredes da represa com o objetivo de evitar o rompimento, devido ao início do período de chuvas. A data do documento é de 16 de março de 2017.

Documento enviado pelo prefeito de José de Freitas pede manutenção da barragem. (Foto: Nathalia Amaral/O Dia)

De acordo com o secretário de Meio Ambiente do município, Fernando Freitas, o vazamento encontrado ao longo das paredes da barragem é resultado da retirada ilegal de pelo menos 100 carradas de pedras do paredão. Com isso, somado ao aumento das chuvas no município fazendo a represa atingir a sua capacidade máxima, gerou um alerta para o risco de rompimento.

O presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Piaui (ABMEPI), capitão Anderson, esteve na Barragem do Bezerro na tarde desta segunda-feira (9) para averiguar a situação da represa. Para ele, houve uma falha na política de prevenção e manutenção da barragem. “São dezenas de barragens no estado do Piauí nessa situação, na eminência de um colapso, porque durante oito anos, em especial nos últimos três anos, não houveram políticas de fiscalização e manutenção dessas represas”, alerta o capitão.

Presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Piaui (ABMEPI), capitão Anderson. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

Além disso, o representante da categoria dos bombeiros militares do Estado do Piauí também denunciou a falta de equipamentos necessários para a o desempenho das atividades dos oficiais no resgate de famílias em José de Freitas. “Estamos vendo aqui alguns órgãos que estão trabalhando de maneira precária, sem os equipamentos necessários, sem os sistemas de proteção adequados, sem a suficiência do recurso humano e material adequado para dar resposta a esse nível de risco”, destacou o presidente da ABMEPI.

Máquinas operam alargando o sangradouro da barragem. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

Contraponto

A reportagem do ODIA entrou em contato com o Governo do Estado, através da Coordenadoria de Comunicação Social, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O ODIA reitera que o espaço continua aberto para quais esclarecimentos a cerca das denúncias feitas pelos órgãos.

Por: Nathalia Amaral
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