Um local, que era um dos
pontos de encontros mais
conhecidos da zona Norte
de Teresina, enfrenta dificuldades
de funcionamento
devido aos vários problemas
em sua estrutura. Inaugurado
ainda na década de 70, o
Clube de Jovens do bairro
Mafrense contava com uma
série de atividades que, com
o tempo, deixaram de ser
realizadas.
Fotos: Elias Fontenele/ODIA
Paredes rachadas, portas
e janelas quebradas, banheiros
inutilizados, falta de
iluminação. Esses são apenas
alguns dos problemas
encontrados no Clube de
Jovens. Além das reuniões
da comunidade, que acontecem
esporadicamente no
local, apenas algumas atividades
ainda resistem às condições
estruturais.
A moradora Patrícia Aquino
lembra que o Clube de
Jovens do Mafrense contava
com diversas atividades,
como cursos e oficinas voltadas
para a comunidade.
Ela lamenta as condições
atuais do espaço. “Um espaço
como esse faz muita falta
para o nosso bairro. Infelizmente
está assim, praticamente
abandonado”, pontua
a moradora.
Entre as poucas atividades
que resistem às condições
de estrutura do Clube de Jovens
está a oficina de capoeira,
ministrada pelo professor
Daniel Ferreira. Ele conta
que, para dar continuidade
ao trabalho social, precisa
tirar dinheiro do próprio
bolso para fazer pequenos
reparos no espaço.
“Faltam banheiros adequados
e vestiários; o piso
já está muito velho, com
algumas partes quebradas.
Quando chove, parece que
molha mais o lado de dentro
do que fora; sem falar
da instalação elétrica que já
está muito velha, o que é um
risco”, pontua Daniel.
O professor de capoeira
relata que, por diversas vezes,
já foi obrigado a cancelar
aulas por conta de
problemas na estrutura do
Clube de Jovens. “Uma vez,
durante a aula, o contador
de energia começou a pegar
fogo. Tive que levar os alunos
para o lado de fora, para
evitar um problema maior”,
conta.
O Clube de Jovens é administrado
pelos próprios moradores
do bairro Mafrense,
que querem auxílio do poder
público para reformar
o local e retomar as atividades
que eram realizadas em
anos anteriores. “O que nós
queremos é que a Prefeitura,
ou algum vereador, destine
recursos para realizarmos a
reforma desse espaço”, explica
a moradora Eronita Pimentel.
Ela ainda afirma que a
comunidade não pretende
passar a administração do
Clube de Jovens para o poder
público e sim continuar
com o espaço administrado
pelos próprios moradores
do bairro Mafrense. “Se for
para passar para Prefeitura
ou Governo, não queremos.
Porque, vai ser uma burocracia
muito grande, quando a
gente precisar utilizar o espaço”,
avalia Eronita.