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Pontos de alagamento em Teresina se formam após forte chuva

Trecho urbano na BR-343 na saída para Altos tem lagoa de lama às margens. Na Vila Mandacaru, casas precisaram ser esvaziadas. MDER e Hospital da PM registraram infiltrações.

04/11/2020 07:52

O teresinense vive dias atípicos para este período do ano desde a última segunda-feira (02) quando o tempo deu uma mudada e ficou mais ameno. Mas se por um lado há conforto com a diminuição do calor, por outro, há prejuízos. Dois dias de chuva e a infraestrutura da capital começa a dar sinais de problemas em alguns pontos específicos. São áreas de alagamento, formação de poças d’água que dificultam o trânsito de veículos e danos a estruturas físicas de casas.

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Ba Vila Mandacaru, zona Sudeste de Teresina, por exemplo, residências precisaram ser esvaziadas na noite de ontem (03) por conta do risco de desabamento de parte de sua estrutura. Há registros de casas alagadas, com infiltrações por rachaduras nas paredes e perda de eletrodomésticos e móveis por parte dos moradores. A situação na região não é nova: populares afirmam que o lixo acumulado nas galerias acaba impedindo a água da chuva de escoar.

O Corpo de Bombeiros esteve no local para avaliar os danos e ajudar na retirada dos móveis da casa e na transferência deles para a residência vizinha. De acordo com os bombeiros, a residência foi construída sobre uma galeria e a parte da frente do imóvel estava bastante danificada. O Corpo de Bombeiros vem fazendo o monitoramento da situação não só naquela região da Vila Mandacaru, mas também em toda a Teresina.

“A gente vem verificando muitas complicações, mas já era previsto porque as chuvas eram esperadas. Nos deparamos com uma situação fora de contexto com essas chuvas no período de estiagem e encontramos na cidade problemas estruturais, principalmente nas casas de taipa”, relatou um dos oficiais dos Bombeiros que estiveram no local.


Foto: Jailson Soares/O Dia

Foto: O Dia

Rodovia e unidades de saúde também foram afetadas

Já na BR-343, trecho urbano de Teresina na saída para Altos, houve pontos de alagamento nos locais onde há canteiros de obra para a duplicação da rodovia. Na margem da via, uma verdadeira lagoa de lama se formou ameaçando uma parte da estrutura do acostamento. O trânsito na área, no entanto, flui normalmente, mas a PRF pede atenção redobrada dos motoristas para eventuais buracos na BR e poças d’água.


Foto: O Dia

Unidades de saúde de Teresina também sofreram com os estragos causados pela chuva torrencial que caiu durante o dia de ontem e à noite. No Hospital da Polícia Militar (HPM), cinco pacientes com covid-19 que se encontravam na UTI com uso de ventilação mecânica precisaram ser transferidos para o Hospital Getúlio Vargas (HGV) e para o Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela. Isso porque o muro da área por onde passa a tubulação de ar da unidade de saúde caiu com a força da água.

Ali perto, na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), houve registro de infiltrações e água entrando na sala de repouso dos profissionais de saúde e em uma ala de enfermaria. Por meio de nota, a direção da Maternidade comunicou que os problemas foram pontuais e que uma equipe de plantão já estava trabalhando nos reparos da unidade.

Na zona Leste de Teresina, onde o volume de chuva acumulado no dia de ontem (02) chegou a 30 milímetros, os pontos de alagamentos de concentraram na região da Ladeira do Uruguai, balão da Universidade Federal do Piauí (UFPI) na Avenida Nossa Senhora de Fátima, cruzamento da Nossa Senhora de Fátima com Rua João Elias Tajra e ao longo das avenidas Dom Severino e Jóquei Clube.


Foto: O Dia

Defesa Civil monitora áreas de risco

Devido às fortes chuvas que atingem Teresina nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal está monitorando os principais pontos de alagamento. As equipes já visitaram os bairros Pedra Mole, Tabajaras, Satélite, Planalto Ininga, Samapi, Vila Bandeirantes, São João, Vila Mandacaru, Centro, São Pedro e Vermelha.

Vale lembrar que a população também pode entrar em contato com a Defesa Civil de forma gratuita através do número 153. Através da ligação, o morador recebe, antecipadamente, instruções sobre procedimentos necessários a seguir, a fim de preservar bens materiais e, principalmente, a vida. Podem ser informados casos de risco de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, queda de árvores, rachaduras, afundamento de solo, dentre outras.

“A tendência é que novas chuvas aconteçam. Por isso, estamos trabalhando para amenizar os impactos, acompanhando de perto todas essas áreas que apresentaram problemas”, disse o agente de Defesa Civil, Antônio Linhares.

Além do telefone 153, a população pode solicitar previamente um atendimento à Defesa Civil de Teresina também via ofício, na sede da Semcaspi. A Secretaria fica na Rua Álvaro Mendes, 861, no Centro. Mais informações, pelo telefone (86) 3215-7485.

Por: Maria Clara Estrêla
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