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PNAD: Piauí tem a maior queda no nível de ocupação do Brasil

No primeiro trimestre deste ano, o nível de ocupação havia sido de 47,2%, representando uma queda de 7,5 pontos percentuais no segundo trimestre.

28/08/2020 15:30

No segundo trimestre de 2020, o Piauí apresentou a maior queda no nível de ocupação no mercado de trabalho em todo o Brasil. O nível de ocupação foi de 47,2%, representando uma redução de 7,5 pontos percentuais. Conforme a PNAD do IBGE, apenas 39,7% da população em idade de trabalhar havia encontrado alguma atividade remunerada no Piauí.

Ao compararmos com o mesmo período do ano passado, quando o nível de ocupação havia sido de 49,0%, temos que a queda no indicador foi ainda maior, de 9,3 pontos percentuais. O maior nível de ocupação da série histórica do mercado de trabalho do Piauí foi registrado no primeiro trimestre de 2014, com 56,4%.

Imagem ilustrativa. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

Segundo o IBGE, há cerca de 1,05 milhão de pessoas ocupadas no Piauí, uma redução de 14,6% em relação ao quantitativo de ocupados no primeiro trimestre deste ano (1,23 milhão de pessoas), e uma redução de 17,3% em relação ao quantitativo no mesmo período do ano passado (1,27 milhão de pessoas). O levantamento foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Aumenta a população fora da força de trabalho no Piauí

 Mais da metade da população piauiense em idade de trabalhar está fora da força de trabalho, ou seja, não está ocupada e nem procurou emprego. O percentual saiu de 45,3% no 1º trimestre e alcançou 54,5% no 2º trimestre de 2020. O valor também é superior ao verificado no 2º semestre de 2019, quando foi 43,9%.

 Há 2,6 milhões de pessoas em idade de trabalhar no Piauí, sendo que 1,4 milhão está fora da força de trabalho. Dentre estes, 402 mil fazem parte da força de trabalho potencial, aqueles que gostariam de trabalhar, mas não puderam buscar emprego ou tendo encontrado uma ocupação não puderam assumi-la na semana de referência da pesquisa.

 Fora da força de trabalho também há 179 mil desalentados: aqueles que deixam de buscar trabalho porque não têm experiência, ou são muito jovens ou muito idosos, ou não encontram trabalho na localidade, ou, ainda, não encontraram uma ocupação que considerem adequada.  

O setor informal registra maior queda de ocupação no Piauí

 O trabalho informal no Piauí, no segundo trimestre deste ano, registrou queda em todas as categorias de ocupação. São considerados como trabalhadores informais: as pessoas ocupadas no setor privado da economia que não possuem registro formal de carteira assinada e aquelas que atuam como empregadores ou por conta própria não possuindo registro junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

 No setor privado da economia, em relação ao primeiro trimestre do ano, houve uma redução de cerca de 18,2% no quantitativo de pessoas ocupadas sem carteira assinada, o equivalente a um decréscimo de 34 mil postos de trabalho. Por sua vez, o trabalho com carteira assinada apresentou uma queda bem inferior, de 2,8%.

 O segmento das pessoas que atuam como empregadores informais, sem registro no CNPJ, apresentou uma queda em relação ao primeiro trimestre de cerca de 42%, com o abandono da ocupação por aproximadamente 8 mil empreendedores. O segmento dos empregadores formais, com registro no CNPJ, ficou estável nesse período.

No tocante ao trabalho por conta própria, o Piauí destacou-se com o segundo maior percentual de queda no Brasil: 22,1%. Cerca de 88 mil pessoas por conta própria perderam sua ocupação no segundo trimestre do ano, sendo cerca de 20 mil dentre os que atuam com registro no CNPJ (queda de 36,2%) e 68 mil dentre aqueles sem registro (queda de 19,8%).

Comércio apresenta maior perda de postos de trabalho no segundo trimestre

No mercado de trabalho piauiense, o setor do comércio e reparação de veículos automores/motocicletas foi o que apresentou a maior queda no quantitativo de pessoas ocupadas no segundo trimestre do ano, tendo registrado redução de 82 mil ocupações, queda de 28,3%. No segundo trimestre, havia 210 mil ocupados no comércio contra 293 mil no trimestre anterior.

O segmento dos trabalhadores ocupados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentou o segundo maior registro de perda no quantitativo de ocupação, uma redução de 35 mil postos de trabalho, cerca de 17,1% a menos em relação ao primeiro trimestre do ano, e redução de 70 mil ocupações em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, queda de 29,4%.

O setor de serviços de alojamento e alimentação foi o terceiro com maior queda no quantitativo da ocupação, apresentando uma redução de 24 mil postos de trabalho, queda de 32,1% em relação ao trimestre anterior.

Rendimento real do piauiense cai cerca de 7% no segundo trimestre do ano

A massa de rendimento real de todos os trabalhos do piauiense caiu 6,9% no segundo trimestre do ano, uma queda da ordem de R$ 110 milhões. No primeiro trimestre do ano o montante registrado de rendimento real do trabalho foi de R$ 1,69 bilhão contra um montante de R$ 1,48 bilhão no segundo trimestre.

No Brasil, o percentual de queda na massa de rendimentos foi um pouco menor, cerca de 5,6%, com uma redução no segundo trimestre da ordem de R$ 12 bilhões. No primeiro trimestre do ano, o montante registrado de rendimento real do trabalho foi de R$ 215,5 bilhões contra um montante de R$ 203,5 bilhões no segundo trimestre.

Fonte: Da Redação
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