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PNAD: Piauí é o Estado que mais subutiliza a força de trabalho no Brasil

A taxa do Estado no último trimestre de 2017 foi de 40,7%, um número quase duas vezes maior que a média nacional.

24/02/2018 14:56

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (23) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua) e o estudo traz um dado desanimador para os piauienses. O Piauí é o Estado que mais subutiliza a força de trabalho em todo o Brasil. O índice agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial.

Com uma taxa de subutilização de 40,7%, quase duas vezes maior que a média anual nacional de 2017 (23,8%), o Piauí ficou à frente de Estados como a Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%) em termos de subutilização da força de trabalho. Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (14,3%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%) foi onde se registraram as menores taxas.

Ainda de acordo com o PNAD, o Piauí contabilizou, no quarto trimestre de 2017, a maior taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas, e também de desocupação. Este índice se refere às pessoas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar um período maior, e também às pessoas que atualmente não trabalham.

A média anual brasileira de subocupação e desocupação em 2017 ficou em 18,4%, enquanto que no Piauí, ela chegou a 29,3%. Isto coloca o Estado novamente à frente de todas as outras unidades federativas, tendo sido também a maior taxa registrada no Nordeste. Para efeito de comparação, o índice de subocupação e desocupação piauiense no ano passado é mais que o dobro registrado no Estado do Paraná (12,4%), que tem a menor taxa de todo o país.

o Piauí figura ainda como o terceiro estado brasileiro, entre todas as unidades da Federação, com a maior taxa combinada de desocupação e de força de trabalho potencial. Este índice abrange os desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar, também chama de força de trabalho potencial.

A taxa piauiense de desocupação e de força de trabalho potencial é de 27,2%. O Estado só fica atrás de Alagoas, cuja taxa é de 31%, e do Maranhão, que apresenta taxa de 27,4%. O índice de desocupação e de força de trabalho potencial do Piauí é maior que três vezes o índice de Santa Catarina, que possui a taxa mais baixa de todo o país (8,4%).

Por: Maria Clara Estrêla
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