O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(Mapa) revela
que, no mês de outubro,
a alta do preço do arroz
foi equivalente a quase
metade dos aumentos de
um ano inteiro. Alimentos
e bebidas ficaram 0,62%
mais caros, em média.
Além disso, o preço do
arroz teve alta de 2,15% e o
do feijão de 1,35%. Alguns
itens, como o frango inteiro
e a batata inglesa, subiram
ainda mais.
Segundo o Mapa, as
variáveis são maiores
no feijão porque atuam
conforme o tipo. O feijão
mulatinho, por exemplo,
subiu 26% ao ano, já o
carioca rajado subiu 35%
nos últimos 12 meses.
Ainda de acordo com
o Ministério, o brasileiro
come, em média, 25
quilos de arroz por ano.
Enquanto isso, a cada dez
pessoas, sete comem feijão
pelo menos cinco vezes na
semana, conforme pesquisa
do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística
(IBGE).
Eronilde da Silva é
dona de casa e costuma
ir ao supermercado toda
semana. Ela conta que
percebeu o aumento do
preço. “São duas coisas
que não podem faltar na
minha casa. O arroz de
5 kg, antes, custava, em
média, R$ 9 e atualmente
custa R$ 12. Já o feijão,
eu comprava por R$ 3,50
e agora tem uns até de R$
5”, comenta.
Devido ao aumento, a
professora Socorro Araújo
avalia que é importante
fazer pesquisas de preço
para não pagar tão caro.
“Eu estou indo atrás de
promoções e procuro ser
seletiva nas escolhas.
Também fico atenta ao que
dizem os amigos e familiares
que também fazem
compras com frequência
nos supermercados da
região”, afirma.
Já a economista Verônica
Paraguassu destaca que
o aumento do arroz e do
feijão tem como principais
causas a perda de produção
causada pelo calor
e pela seca, resultando em
uma redução da oferta.
“O aumento das exportações
do arroz provoca
uma elevação do preço
em todo país.
No Piauí,
não é diferente”, explica.
Ainda segundo ela, a alta
do dólar também contribui
para o preço elevado dos
produtos.