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Piauí reduz menos de 1% a taxa de analfabetismo em um ano, diz IBGE

PNAD: nas idades de ano escolar, o índice de analfabetismo se manteve praticamente o mesmo entre 2017 e 2018, sem pioras, mas também sem melhoras consideráveis.

19/06/2019 12:36

Sem pioras, mas também sem melhoras consideráveis. É assim que o IBGE define o Piauí nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua) divulgada nesta quarta-feira (19), com os indicadores da Educação. Foram medidos índices como Taxa de Analfabetismo, Taxa de Escolarização e Frequência Escolar Líquida.

A realidade do Piauí, segundo os dados, é considerada estável, porém com reduções na Taxa de Analfabetismo que não passam do 1%. A pesquisa leva em consideração números de 2017 e 2018 e mostra ainda que, apesar de o Piauí ter aumentado o número médio de anos de estudo de sua população, a eficiência da Educação, ou seja, a taxa de escolarização, ainda está aquém do esperado para o Estado.

Segundo o IBGE, a taxa de analfabetismo dos jovens de 15 anos ou mais, em idade escolar no Piauí, se manteve a mesma nos últimos dois anos (16,6%). Já taxa de analfabetismo dos jovens de 18 anos ou mais nos últimos dois anos, diminuiu 0,1%, o que para o IBGE é considerado um índice praticamente irrelevante, ou seja, sem mudança considerável do cenário (17,8% em 2017 e 17,7% em 2018). 


Foto: Arquivo O Dia

Do mesmo jeito, a taxa de analfabetismo de pessoas de 25 anos ou mais no Piauí teve uma redução mínima de 0,1% nos últimos dois anos (20,8% em 2017 e 20,7% em 2018), de acordo com levantamento, o que, novamente é considerado um cenário sem melhoras nem pioras. 

O grupo de idade com a redução mais perceptível na da taxa de analfabetismo no Estado ao longo de 2017 e 2018 foi o de pessoas com 60 anos ou mais. Nesta parcela, o índice caiu de 44,6% em 2017 para 42,7% em 2018, uma redução de 1,9 pontos percentuais. Isso, no entanto, ainda não foi suficiente para configurar uma melhora no cenário, conforme o IBGE.

Taxa de escolarização

A PNAD Contínua do IBGE traz também dados a respeito da taxa de escolarização dos estados brasileiros, mas o que se observa é que, assim como na taxa de analfabetismo, este índice encontra-se estável no Piauí, sem pioras, mas também sem melhoras reais ao longo dos últimos dois anos.

São os homens com 25 anos ou mais os que respondem pela menor taxa de escolarização do Piauí entre 2017 e 2018. No ano retrasado, só 4,1% da população masculina nesta faixa etária possuía escolaridade e, no ano passado, este número reduziu para 4%. Ou seja, ao invés de melhora, houve, na verdade, uma queda na escolaridade de homens com 25 anos ou mais no Piauí em um ano.


Foto: Arquivo O Dia

Importante ressaltar que, segundo o IBGE, o índice médio de escolaridade no Piauí (entre homens e mulheres de todas as faixas etárias) é de 30,2%. Tendo este patamar fixo, percebe-se que, além das mulheres e dos homens com mais de 25 anos, as crianças de zero a 3 anos também se encontram com um índice de escolaridade abaixo da média estadual.

Em contrapartida, as maiores taxas de escolaridade piauienses foram identificadas no público feminino de 6 a 14 anos, faixa etária na qual 99,3% das pessoas são escolarizadas; e no público masculino entre 6 e 14 anos, parcela que possui um índice de escolaridade de 99,5%, mais que três vezes a média estadual.

Frequência escolar líquida

No Piauí, os homens entre 18 e 24 anos são os que possuem a menor frequência escolar líquida, segundo os dados do PNAD. De 2016 a 2018, esta parcela da população no estado, indo à escola regularmente, se manteve praticamente a mesma: subiu de 17,9% em 2017 para 18,8% em 2018, um aumento de 0,9% em dois anos. Um dado, segundo o IBGE, também insuficiente para configurar alguma mudança real do cenário.


Foto: Arquivo O Dia

Para o público feminino de 18 a 24 anos, o cenário já é um pouco diferente se comparado ao público masculino, mas ainda sim sem muita mudança real no cenário como um todo. Entre 2017 e 2018, a frequência escolar líquida das mulheres de 18 a 24 anos no estado subiu 1,3% (saindo de 25,8% em 2017 para 27,1% em 2018), no entanto para o IBGE o índice não provocou nenhum impacto positivo na educação do Piauí, permanecendo, portanto, estável.

Uma análise dos demais grupos etários (de 15 a 17 anos no Ensino Médio, de 11 a 14 anos, de 6 a 10 anos e 6 a 14 anos), percebe-se que a taxa de frequência escolar líquida no Piauí variou apenas entre 1,1% e 2,2% para mais e para menos, o que novamente coloca o estado em uma situação de estagnação, mantendo-se com índices estáveis no PNAD.

Número médio de anos de estudo aumentou no Piauí

Se por um lado, o índice de escolaridade e a taxa de frequência escolar líquida não tiveram mudanças reais em seus números, o número médio de anos de estudo no Piauí deu uma aumentada entre 2017 e 2018, nas faixas de 40 a 59 anos, e de 18 a 24 anos. 

As mudanças, no entanto, são mínimas: o tempo de estudo da população de 40 a 59 anos, por exemplo, aumentou apenas 0,1% de 2017 a 2018; já a população de 18 a 24 anos aumentou seu tempo de estudo em apenas 0,6%. Foram índices, no entanto, que configuraram uma mudança significativa no cenário do Estado, conforme o IBGE.

Por: Maria Clara Estrêla
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