Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Piauí ocupa a 21ª posição no Ranking Nacional de Competitividade dos Estados

Média de pontos do Estado é 37,9 em uma escala de 0 a 100. Estudo mede o desempenho em áreas como Potencial Econômico, Segurança, Educação e Eficiência da Máquina Pública.

15/09/2018 11:41

Foi divulgado nesta sexta-feira (14), o Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros de 2018 e o Piauí figura na 21ª posição, entre as 26 unidades federativas, no desempenho de seu potencial social e econômico. O estudo é produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e avalia os estados sob a ótica de 10 pilares: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade social.

Segundo a pesquisa, ao longo do último ano, o Piauí subiu duas posições no ranking nacional, sendo o segundo Estado do Nordeste que mais avançou no seu desempenho econômico e social. Na região, Alagoas foi o que mais evoluiu em termos de competitividade, saltando oito colocações e figurando em 16º lugar nacional; logo em seguida, aparecem Piauí e Sergipe (com duas posições acima) e em terceiro lugar do Nordeste figura o Estado da Paraíba, que subiu uma posição.

O Ranking de Competitividade varia de zero a cem pontos e a nota geral do Piauí é 37,9. Para efeito de comparação, a média geral do Brasil é 49,4 pontos e a nota geral do Estado de São Paulo, que é o primeiro do Brasil no ranqueamento, é 89,1. No Nordeste, Estado do Alagoas, que é o mais bem colocado, com 42,5 pontos.

Na série histórica piauiense, os 37,9 pontos conseguidos entre 2017 e 2018 é o segundo melhor desempenho que o Piauí já teve nos últimos quatro anos. Entre 2014 e 2015, o Estado conseguiu chegar à marca dos 41,7 pontos na nota geral. O pior desempenho foi justamente de 2016 a 2017, quando o Piauí chegou a 33,3 pontos.

Levando-se em consideração os 10 pilares avaliados no estudo, o Piauí possui na sustentabilidade ambiental seu pior potencial: ele caiu de 20,5 pontos em 2015 para zero pontos em 2018. A média nacional na Sustentabilidade Ambiental é 51,6 pontos. Outro pilar no qual o Estado apresenta um desempenho que deixa a desejar é o da Inovação, que contabilizou 13 pontos em 2018. A média nacional nesse quesito é 28 pontos.

Em termos de Potencial de Mercado, o Piauí também apresenta dados abaixo do que se observa na maioria dos Estados brasileiros. São 31,9 pontos contabilizados este ano, no entanto a média nacional é de 38,1. O Potencial de Mercado piauiense caiu mais de 35% de 2015 (quando somou 78,7 pontos) até 2018.

Outros pilares do Piauí que também estão abaixo da média nacional, segundo o estudo do CLP, são a Eficiência da Máquina Pública (37 pontos, enquanto a média brasileira é 64,1); a Sustentabilidade Social (25,4 pontos, enquanto a média brasileira é 48,9); a Educação (44,1 pontos, enquanto a média brasileira é 49,3); Capital Humano (13,7 pontos, enquanto a média nacional é 34,4); e Infraestrutura (41,9 pontos, enquanto a média nacional é 44,2).

Somente nos pilares Solidez Fiscal (75,4 pontos em 2018, enquanto a média brasileira é 71,2) e Segurança Pública (59,8 pontos, enquanto a média brasileira é 52,3) é que o Piauí se encontra a cima da média dos outros estados brasileiros e apresenta um desempenho acima do esperado.

Cenário nacional

Em todo o Brasil, o Estado que vem apresentando os piores desempenhos no ranking de competitividade, segundo o CLP, é o Rio de Janeiro, que caiu da oitava para décima terceira posição desde 2015. A maior queda neste Estado aconteceu entre 2017 e 2018. Neste período, os pilares que mais destoaram no Rio foram os da Sustentabilidade Ambiental (-10 pontos), a Segurança Pública (-7 pontos), a Eficiência da Máquina Pública (-7 pontos) e a Solidez Fiscal, na qual o Rio de Janeiro permanece em última posição.

No ranking geral, 12 Estados apresentaram melhora em seus desempenhos, enquanto 11 caíram na comparação com 2017. São Paulo continua figurando com o primeiro no ranqueamento, apresentando os melhores índices do país, e o Acre figura em último lugar, tendo caído oito posições ao longo do último ano.

A Unidade Federativa que mais apresentou evolução este ano foi Alagoas, que teve melhora em oito dos 10 pilares avaliados. 

Entenda os pilares

No pilar da Infraestrutura são avaliados: qualidade das rodovias, acessibilidade do serviço de telecomunicações, qualidade de energia elétrica, custo de saneamento básico, mobilidade urbana, custo de energia elétrica, qualidade do serviço de telecomunicações, disponibilidade de voos diretos, acesso à energia elétrica, custo de telecomunicações e custo de combustíveis. No pilar da Educação são medidos: Enem, Ideb, índice de oportunidade da educação, PIS, taxa de abandono do Ensino Fundamental e Médio, Taxa de Atendimento do Ensino Infantil, frequência do Ensino Fundamental e Médio.

Na Solidez Fiscal aparecem: solvência fiscal, resultado primário, capacidade de investimento, autonomia fiscal, sucesso de execução orçamentária e resultado nominal. Na sustentabilidade ambiental são avaliados: tratamento de esgoto, serviços urbanos, emissões de CO² e destinação do lixo. Já no Potencial de Mercado aparecem: crescimento do Potencial da Força de Trabalho, tamanho do mercado e taxa de crescimento.

Em Inovação, o estudo avalia produção acadêmica, investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento, e patentes. Figuram no Capital Humano: custo de mão de obra, qualidade dos trabalhadores, produtividade do trabalho e população economicamente ativa com Ensino Médio. Na Segurança são medidos: segurança pessoa, segurança patrimonial, mortes no trânsito, mortes a esclarecer, atuação do Sistema de Justiça Criminal, Déficit Carcerário.

A Sustentabilidade Social mede: mortalidade materna, mortalidade precoce, mortes evitáveis, mortalidade na infância, anos potenciais de vida perdida, segurança alimentar, inadequação de moradia, previdência social, desigualdade de renda, inserção econômica, formação para mercado de trabalho, instabilidade econômica dos jovens, acesso ao saneamento básico e famílias abaixo da linha de pobreza.

Por fim, a Eficiência da Máquina Pública leva em consideração: índice de transparência, eficiência do judiciário, custo do judiciário pelo PIB, custo do Executivo pelo PIB, custo do Legislativo pelo PIB e porcentagem de serviços comissionados.

Por: Maria Clara Estrêla
Mais sobre: