Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Piauí fecha o 1º bimestre com saldo negativo de empregos, aponta Caged

De acordo com o levantamento, 2.302 vagas de trabalho foram fechadas nos dois primeiros meses do ano, sendo 1.905 em janeiro e 400 em fevereiro.

26/03/2019 18:17

Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Piauí concluiu o primeiro bimestre de 2019 com saldo negativo de postos de emprego. 

De acordo com o levantamento, 2.302 vagas de trabalho foram fechadas no mês de janeiro e fevereiro deste ano, sendo 1.905 postos fechados em janeiro e 400 no mês de fevereiro (com ajustes), registrando uma redução de 0,79% entre o número de admissões e desligamentos.

O número é três vezes superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 768 vagas foram fechadas, considerando as admissões (14.115) e os desligamentos (14.883) no período. 

O baixo desempenho no mês de fevereiro colocou o estado da 22º posição do ranking nacional, liderado pelo estado de São Paulo, que abriu 62,3 mil novas vagas de emprego somente em fevereiro. Na última posição figurou o estado de Pernambuco, com 12 mil vagas negativas no mês.

Apesar disso, o Caged aponta que o estoque de empregos nos últimos 12 meses no Piauí é positivo, com 3.347 vagas abertas entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019. Ao todo, 92,5 mil foram pessoas contratadas e 89,2 mil demitidas no período.

Segundo o economista Eduardo Oliveira, o desempenho do saldo de empregos no Piauí está relacionado, em um primeiro momento, aos resquícios da crise econômica. “Se formos analisar o PIB, considerando inflação e variações de crescimento populacional, a economia está estacionada e continua apresentando sinais de greve”, afirma.

Além disso, o economista avalia que há uma incerteza da continuidade de recuperação da economia brasileira, aliada à capacidade de articulação do Governo Federal, fazendo com que a perspectiva seja de uma recuperação lenta da economia. 

“O Governo não está deixando muito claro quais as capacidades de governabilidade. Embora não seja a melhor política econômica na minha concepção, vemos uma equipe econômica que até tem uma ideia do que está querendo propor, mas você não tem uma certeza de articulação desta política na Câmara e no Senado”, pondera.

Para o economista Eduardo Galvão, esse quadro de incerteza criado pela capacidade de articulação na base governista contribui para uma incapacidade de formular um “pensamento positivo” em relação a uma recuperação a curto e longo prazo da economia. 

Brasil

Em nível nacional, o setor que mais empregou durante o mês de fevereiro foi o de Serviços, com 112,4 mil vagas, seguido pelo setor de Indústria de Transformação, com 33,4 mil, e Administração Pública, com 11,3 mil.

Em números totais, o mês de fevereiro se consolidou com o sexto melhor saldo da série histórica, iniciada em 1992, com 173 mil novas vagas no mercado de trabalho, com carteira assinada. 

Por: Nathalia Amaral
Mais sobre: