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Piauí encerrou junho com saldo positivo na geração de emprego

Setor da Indústria foi o que mais contratou e o de Serviços foi o que mais demitiu. Mais de 300 mil piauienses receberam salário menor em junho.

28/07/2020 11:31

O Estado do Piauí conseguiu fechar o mês de junho com um saldo positivo na geração de empregos segundo o que mostram os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) da Secretaria Especial do Trabalho e Emprego. Em junho, 4.755 piauienses perderam seus empregos, mas outros 5.061 foram admitidos formalmente no mercado, o que faz o Estado fechar o período com um saldo de 306 novas vagas de emprego preenchidas.

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Além do Piauí, apenas Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão conseguiram contabilizar um sado positivo na geração de empregos durante o mês de junho. O destaque vai para o Maranhão, que em 30 dias admitiu 11.905 trabalhadores no mercado de trabalho.

Mas mesmo com o desempenho positivo do Piauí no que respeita às contratações efetuadas em junho, o Estado ainda não conseguiu reverter o acumulado do ano no CAGED, que se mantém em um patamar negativo. É que de janeiro a junho, o Piauí demitiu mais que contratou: foram 43.240 demissões de trabalhadores com carteira assinada e 34.486 admissões, o que mantém o Estado com um saldo negativo de 8.754 vagas de emprego perdidas em 2020.


Em junho, o Piauí contratou mais que demitiu do mercado de trabalho - Foto: O Dia

Indústria de Transformação foi o que mais contratou e Serviços, o que mais demitiu

Ao longo de junho, o Piauí perdeu 4.755 vagas de empregos formais e esse número foi alavancado principalmente pelo setor de Serviços, que demitiu 436 trabalhadores. Conforme aponta o CAGED, foram demitidos 277 trabalhadores do setor de Transporte, Armazenagem e Correio; 288 do setor de Alojamento e Alimentação; 14 do setor de Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados; e 17 do setor de Atividades Imobiliárias.

O segundo setor que mais demitiu funcionários em junho no Piauí foi o do Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, que dispensou 318 profissionais devido à crise.

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Em contrapartida, a Indústria ocupa a outra ponta da tabela, tendo sido o setor de atividade econômica que mais contratou em junho, com um total de 920 vagas formais de emprego preenchidas ao longo do mês de junho no Piauí. O subsetor da Indústria de Transformação, sozinho, contratou 898 profissionais de carteira assinada.

Vale lembrar que a Indústria é justamente um dos setores que teve sua reabertura autorizada pelo Governo do Piauí ainda nas primeiras fases de flexibilização econômica em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Isso se deu devido ao impacto econômico que este ramo de atividade tem na economia local.


Foto: O Dia

Número de pessoas afastadas do trabalho no Piauí diminuiu em junho

O número de pessoas empregadas e afastadas do trabalho caiu no mês de junho, no Piauí. É isto o que aponta o IBGE na PNAD Covid, divulgada esta semana. O contingente chegava a 302 mil pessoas em maio, tendo passado para 230 mil em junho, uma redução de cerca de 24%. O distanciamento social foi o motivo da maioria dos afastamentos no mês de junho: 202 mil, aproximadamente 88% do total. 

Pouco mais da metade (50,3%) das pessoas que estavam ocupadas e afastadas do trabalho em junho, no Piauí, deixaram de receber remuneração, o que equivale a 116 mil pessoas. Em maio esse quantitativo era de 151 mil pessoas, o que representa uma redução de cerca de 23% em junho.

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Mais de 300 mil piauienses receberam menor que o normal no salário de junho

No Piauí, cerca de 341 mil pessoas empregadas tiveram uma redução em seu rendimento efetivo no mês de junho. Conforme aponta pesquisa do IBGE, a média do rendimento proveniente de todos os trabalhos realizados naquele mês para o piauiense foi de R$ 1.417,00. O valor é 16% menor que o que era normalmente recebido no mês antes da pandemia (R$ 1.645,00). 

Em todo o Brasil, foram 20 milhões de pessoas afetadas pela redução salarial em junho. A diferença no rendimento no país foi de 19,9% a menos que quantia normalmente recebida (o brasileiro recebia em média em um mês de junho normal R$ 2.232,00 e neste mês de pandemia, recebeu R$ 1.944,00).

Por: Maria Clara Estrêla
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