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Piauí é o Estado que mais mata em acidentes de trânsito do Nordeste

Em 2010, 31 a cada cem mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no Estado. Em 2016, foram 37 pessoas mortas a cada cem mil pessoas.

30/05/2017 16:24

Com uma taxa duas vezes superior à média nacional, o Piauí é líder na proporção de óbitos por acidentes de trânsito na Região Nordeste, é o que aponta o Boletim da Morbimortalidade por Acidentes de Transporte Terrestre, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) nesta terça-feira (30).

Os dados constantes no relatório apontam que o Estado apresentou uma taxa de mortalidade no trânsito que variou de 31 por cem mil em 2010, até 37,7 por cem mil, em 2014, quando se registrou a maior proporção. De 2014 para 2015, houve uma redução na taxa de mortes no trânsito, para 35,1 por cem mil. A média nacional fica entre 18,9 por cem mil e 22,5 por cem mil.

Outro dado considerado preocupante pelas autoridades da saúde diz respeito às internações por acidentes de transportes terrestre, que vêm crescendo no decorrer dos anos. Em 2010, elas respondiam por 25% do total de internações, mas em 2016, esse número subiu para 30%, conforme os dados do Boletim da Sesapi.

Só no ano passado, foram 23.751 pessoas internadas na rede pública do Estado, sendo que desse total, mais de 7 mil eram decorrentes de acidentes de trânsito. Destas mais de 7 mil internações relacionadas a acidentes, 5.802, ou seja, 81,8% dos casos, tinham como vítimas pessoas do sexo masculino; em 1.294 dos casos, ou seja, 18,2% as vítimas eram do sexo feminino. A partir dos números, a Sesapi identifica o público masculino como sendo o de maior risco de envolvimento em acidentes nas vias públicas. Na faixa etária dos 20 aos 29 anos, os homens representam 94,4% das vítimas e no Brasil esse índice é de 46,1%.

Junto com a divulgação dos dados, a Sesapi pontuou que os acidentes de trânsito configuram um dos maiores desafios para os gestores públicos, por inferirem na qualidade de vida das pessoas, em especial da população jovem e em idade produtiva. 

Por: Maria Clara Estrêla
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