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Piauí: Após pressão do Ministério Público, uso da cloroquina será avaliado

Em razão dos resultados a princípio positivos, o Governo do Piauí resolveu avaliar e definir o uso do fármaco para auxiliar no atendimento aos infectados.

14/05/2020 15:16

O uso da cloroquina em conjunto com a azitromicina tem de mostrado eficaz no tratamento de pacientes de Covid-19 na fase inicial da doença ao menos nos casos acompanhados no Hospital Tibério Nunes, em Floriano. Em razão dos resultados a princípio positivos, o Governo do Piauí resolveu avaliar e definir o uso do fármaco para auxiliar no atendimento aos infectados. 

A criação do comitê médico que vai proceder com o estudo desses medicamentos foi uma resposta do governo do Estado à provocação feita pelo Ministério Público Federal (MPF) no começo da semana, para que o Piauí adote medidas para a disponibilização do tratamento definido no Protocolo Covid-19, que testa justamente a aplicação da cloroquina e outras medicações na fase inicial da doença na rede pública de saúde.

De acordo com a ração civil pública impetrada pelo procurador Kelston Lages, o Estado deve dar ao cidadão o acesso ao tratamento estabelecido no Protocolo Covid-19 – Piauí – 4ª Atualização, que estabelece a administração da hidroxiloroquina em todo o Sistema Único de Saúde (SUS) para evitar o agravamento da doença e consequentemente, a superlotação dos leitos de UTI.

“Nós já seguimos as recomendações do Conselho Regional de Medicina, onde o médico tem a autonomia para prescrever os medicamentos que achar necessário e queremos dar as condições para que a ciência determine e dê segurança para qualquer aplicação medicamentosa”, explicou o governador Wellington Dias.

É importante ressaltar, no entanto, que ainda não há nenhuma pesquisa científica que comprove os resultados da cloroquina no tratamento da Covid-19. A expectativa e que em breve o comitê possa ter alguns dados para apresentar comparando o tratamento de pacientes que utilizaram corticoide e os que não usaram. “Existe um otimismo entre os médicos que estão trabalhando nesta vertente”, disse o oncologista Sabas Vieira, que participou da criação do comitê.

Por: Maria Clara Estrêla
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