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PI registrou 1.130 denúncias de violência a crianças e adolescentes em 2017

A denúncia que mais aparece nas ligações do Disque 100 é a de negligência, seguida pela violência psicológica, violência física e violência sexual.

13/06/2018 10:10

O Estado do Piauí contabilizou 1.130 denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Disque 100 ao longo do último ano. O número foi divulgado pelo Conselho Tutelar de Teresina com base em um levantamento feito pela Rede Não Bata, Eduque (RNBE), que atua em todo o país promovendo a conscientização de pais e responsáveis e autoridades competentes para a não violência contra os mais jovens.

Os dados serão discutidos durante o Seminário “Tecendo Parcerias Por Uma Educação Sem Violência da Vida de Crianças e Adolescentes”, que acontecerá amanhã (14) em Teresina, e servirão de base para traçar políticas públicas e de assistência social em todo o Piauí, com a ajuda dos Conselhos Tutelares.

Segundo o levantamento da RNBE, das 1.130 denúncias contabilizadas, a negligência é a que aparece com mais frequência: em 74% dos casos. O segundo caso mais registrado no ano passado é o de violência psicológica, que apareceu em 52% dos relatos; em terceiro lugar, surge a violência física, que apareceu em 40%  das denúncias recebidas no disque 100; depois a violência sexual, que foi relatada em 22% dos casos e outras formas de violência não especificadas, que foram registradas em 16% das denúncias.


Foto: Divulgação

Segundo Ana Letícia Ribeiro, representante da Rede Não Bata, Eduque, as denúncias recebidas pelo disque 100 nunca se limitam a uma tipificação só. “São vários casos em um único relato. Em uma denúncia de negligência pode haver relatos também de violência psicológica, assim como na violência física pode haver também a violência sexual e por aí vai. O que nos diz o cenário é a frequência com que essas informações aparecem e a negligência está presente na grande maioria delas”, explica Ana Letícia.

Evento discute direitos e garantias fundamentais

O seminário que acontece amanhã em Teresina contará ainda com a participação de representantes do Ministério Público Estadual (MPE), profissionais da educação, psicólogos, juízes, assistentes sociais, conselheiros tutelares e conselheiros de direitos. O objeto é fornecer instrumentos de mobilização e atuação por meio da apresentação da apresentação da cartilha “Pelo Fim dos Castigos Corporais e do Tratamento Cruel e Degradante – Manual de Sensibilização Para Conselheiros Tutelares, Conselheiros de Direitos e Profissionais do Sistema de Garantia de Direitos”.

Ana Letícia explica que o evento também fortalecerá o engajamento de adolescentes e jovens em ações de prevenção de violências, contando com uma mesa de debates em que jovens mobilizadores da RNBE e também de organizações que atuam em Teresina partilharão suas vivências e ações estratégicas pelo direito à participação na construção da cultura de paz. 

Por: Maria Clara Estrêla
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